O assunto da atualidade é o potencial das energias renováveis na movimentação econômica do país, suas perspectivas e oportunidades. Por conta desta realidade a Qualidados realizou uma entrevista sobre a atual situação e das futuras possibilidades do mercado de energias renováveis com Eduardo Aragon, Diretor da MMC Engenharia, empresa prestadora de serviços que trabalha no setor industrial focado em óleo, gás, energia e afins há 19 anos. Aragon faz parte de uma equipe de consultores com grande experiência na parte de empreendimentos industriais, estudo de mercado, planejamento estratégico, plano de negócios e plano de vendas para oportunidades do segmento industrial, no qual o segmento de energia renovável é o foco.
Quando questionado sobre o mercado de energias renováveis e suas perspectivas Aragon deu o seguinte panorama:
“O ramo de energia renovável é um mercado que nitidamente está em franca ascensão no Brasil. Até o fim do ano a perspectiva é de que se chegue a 10 GW instalados em energia eólica. Além disso, já se tem 2 GW contratados em energia fotovoltaica iniciando no Brasil. Tem-se aí um universo de 30 anos com boas perspectivas de crescimento nessas duas fontes de energias renováveis. Sem falar na Biomassa, outro grande mercado em expansão. Atualmente a matriz energética brasileira é de aproximadamente 145 GW instalados, onde aproximadamente 60% corresponde a energia hídrica. Entretanto só na energia eólica e na fotovoltaica tem mais do dobro de perspectiva para a produção de energia. Estamos falando aí de uma grande demanda em um futuro promissor”.
Segundo Aragon, a Bahia é uma fortíssima candidata a “sediar” toda a cadeia produtiva de energia fotovoltaica, principalmente por ser o estado com maior território de captação desse tipo de energia.
“A intenção é que as empresas baianas tenham cada vez mais acesso tanto à energia eólica quanto fotovoltaica, já que é campeão das duas na geração centralizada de grandes fazendas de energia renovável. O trabalho hoje consiste em atrair toda a cadeia produtiva da fotovoltaica para o Estado da Bahia, desde a fabricação do vidro até à fabricação das células solares, como foi feita anteriormente pelo Governo quando trouxe toda a cadeia eólica para o Estado da Bahia. De um ano pra cá, pelo fato do Governo ter retirado a bitributação da energia que qualquer possa gerar em casa, como as novas linhas de crédito de alguns bancos fomentando toda a cadeia da energia distribuída de energia fotovoltaica.”
Questionado sobre como as empresas que atuam com gestão de projetos podem se aproveitar dessas novas possibilidades Eduardo completou:
“Acredita-se que por conta dessas boas perspectivas estão para surgir um mundo de oportunidades para empresas com o perfil da Qualidados, preparadas para agir com inteligência no gerenciamento, planejamento e gestão de projetos existentes e também a auxiliar nos novos projetos que virão a chegar. Vemos aí um mundo de oportunidades pela frente, não só nos grandes projetos que estão vindo através dos leilões (que são as centralizadas), como da área de geração distribuída, doméstica, comércio e indústria.”
“É uma oportunidade muita boa, quiçá única, de desenvolver um produto focado em gestão e planejamento para atender energia fotovoltaica no Brasil.”