HIGHLIGHTS – Novos contratos

A Qualidados acaba de fechar mais dois contratos com a Petrobras.  

Saiba mais sobre eles:

Rumo ao campo do Roncador

Ao longo dos próximos dois anos, 55 profissionais – entre engenheiros de manutenção e processamento, técnicos de planejamento e materiais – prestarão serviços de apoio técnico em terra e mar para as plataformas P-52, P-54, P-55 e P-62 da Petrobras no campo do Roncador.

Deflagrado no último dia 29 de abril, o novo contrato foi fechado com a Unidade Operacional do Rio de Janeiro (UO Rio).  A partir de agosto deste ano, no entanto, os serviços passarão a ficar sob a responsabilidade da Unidade de Operações do Espírito Santo, em decorrência da mudança no controle da Gerência do Ativo Roncador.

No escopo do trabalho, estão atividades de alta complexidade que envolvem planejamento, programação e acompanhamento de serviços de inspeção e manutenção das plataformas. O contrato é ainda o primeiro da Qualidados que envolve parceria com uma multinacional, a empresa norueguesa de energia Equinor.

Manutenção Volante

Profissionais com expertise e qualificação para atuar em atividades estratégicas e com acesso direto à alta gestão é o que demanda outro contrato fechado com a UO Rio. Desta vez, para prestação de serviços de apoio à fiscalização de campo em atividades de construção e montagem volante.

Desenvolvidas em ambientes onshore e offshore, as atividades estão ramificadas em cinco segmentos: programação e controle de serviços, apoio técnico de fiscalização, controle de qualidade, controle de materiais e apoio administrativo. Com prazo de dois anos – renovável por até igual período, mediante aditivo – o novo contrato visa atender às Unidades Estacionárias de Produção (UEP) da Petrobras, ao canteiro de prestadoras de serviços e aos escritórios da empresa na região sudeste.

As atividades começam dia 26 de junho e a previsão é que já em julho o trabalho de mobilização tenha sido concluído.  Serão alocados inicialmente 31 profissionais, além da equipe indireta responsável pela gestão administrativa do contrato.

ENTREVISTA – Bons negócios à vista

Um bate-papo com o consultor Eduardo Aragon sobre as perspectivas abertas pelo novo boom de investimentos no mercado offshore.

A exploração e produção de óleo e gás em ambientes offshore (alto mar) é um dos segmentos industriais que mais crescem no Brasil, hoje.  O mercado acena para os prestadores de serviços nacionais com novas oportunidades de negócios. Para entender um pouco melhor este cenário, a Qualinews conversou com o engenheiro civil e consultor Eduardo Aragon, que tem 37 anos de experiência na área e é sócio de uma empresa de inteligência de negócios, a Brainmarket. Veja como foi o bate-papo.

Como você avalia hoje as perspectivas para o mercado offshore no Brasil?

O mercado de exploração e produção offshore é o segmento industrial  onde estão concentrados hoje os maiores investimentos do Brasil. É um mercado gigantesco, com cifras vultuosas, onde operam hoje não só a Petrobras como empresas como Exxon Mobil, Total, Equinor e Shell e que vem sendo fomentado através das rodadas de licitações  para exploração e produção conduzidas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Dá para ter uma dimensão do que representa este mercado, em termos financeiros?

Só este ano, os próximos leilões conduzidos pela ANP devem movimentar de 27 a 30 bilhões de dólares em valores pagos por empresas na assinatura do ato de concessão.  A Petrobras planeja investir 35 bilhões em 13 plataformas no pré-sal até 2020, além de construir outras 22 novas plataformas até 2026. Em paralelo, a Shell deverá aplicar outros 14 bilhões de dólares em projetos de exploração e produção em águas profundas no nosso país.

O que toda esta movimentação representa para empresas de prestação de serviços de engenharia?

É, com certeza, uma oportunidade única, sobretudo na área de manutenção e operação, que é onde se concentra o maior volume de contratos.  Antes, estas empresas só trabalhavam para a Petrobras; hoje, há todo um mercado privado a explorar. Até porque as empresas estrangeiras que operam no Brasil estão começando a contratar prestadores de serviços nacionais. Antigamente, elas traziam toda a sua mão de obra de fora.

Quais as credenciais necessárias para abrir espaço neste mercado?

A primeira é experiência. O fato de ter trabalhado para a Petrobras e de conhecer o negócio offshore já é meio caminho andado. Isso porque existe um respeito pelos brasileiros nesta área. Afinal, nós somos número 1 do mundo em offshore, número 1 em tecnologia de águas profundas, pioneiros na utilização dos navios que produzem e estocam, conhecidos como FPSO (do inglês Floating Production Storage and Offloading, unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência). Além disso, é interessante ter uma veia de inovação, mostrar ao cliente que você é capaz de propor soluções em serviços que contribuam para mitigar riscos e reduzir custo, mantendo qualidade e segurança.