Gerenciamento de Riscos em Paradas Complexas: A Previsibilidade Alcançada por Simulações Probabilísticas

Autor: Leonardo Barros Engenheiro Civil, Engenheiro Civil III / Contrato Petrobras Montagem – Rio de Janeiro

Resumo:
Este artigo explora a importância do gerenciamento de riscos em paradas complexas, abordando desde os fundamentos teóricos até a aplicação prática de simulações probabilísticas. Serão apresentados casos reais de sucesso onde a gestão proativa de riscos resultou em otimização de prazos e custos, demonstrando como essa metodologia é crucial para a previsibilidade, segurança e eficiência operacional em grandes empreendimentos e processos críticos.

1. Introdução
As paradas complexas — sejam elas para manutenção, comissionamento ou startups de grandes plantas e infraestruturas — representam momentos cruciais e de alta criticidade na vida de um projeto ou ativo operacional. Embora essenciais para garantir a performance e a longevidade dos equipamentos, esses eventos são intrinsecamente carregados de incertezas e riscos significativos, que podem comprometer o retorno à produção, atrasos onerosos, estouros de orçamento e, em casos extremos, acidentes. A interconectividade e a alta interatividade entre as múltiplas interfaces (stakeholders, sistemas, equipes) nessas operações geram uma rede de dependências onde a falha ou o atraso em um ponto pode se propagar rapidamente, magnificando o impacto geral.
É nesse cenário que o gerenciamento de riscos se estabelece não apenas como uma boa prática, mas como um pilar estratégico indispensável para assegurar a previsibilidade, a segurança e o sucesso financeiro dessas empreitadas. Este artigo tem como objetivo contextualizar a relevância do tema e compartilhar o problema da falta de previsibilidade, motivando a necessidade de uma gestão de riscos robusta e baseada em dados concretos.

2. Desenvolvimento
O gerenciamento de riscos, conforme preconizado pelas boas práticas da área, como as do PMI, é um processo contínuo que abrange planejamento, identificação, análise (qualitativa e quantitativa), planejamento de respostas, implementação, monitoramento e reporte. Em paradas complexas, a adaptação desses princípios à realidade dinâmica e de alta pressão é fundamental. É importante que se entenda que a parada de manutenção não inicia com a execução, mas na sua concepção, engenharia e suprimentos, o que podemos caracterizar como pré-parada. Essa fase, tendo seus riscos gerenciados, aumentam as chances de sucesso da parada.

Fundamentação e Metodologias:
O gerenciamento de riscos é um sistema de alerta antecipado que permite a todos os stakeholders tomarem decisões com mais tempo e podendo buscar mais alternativas, de modo a aumentar as chances de sucesso de paradas complexas.
A fase inicial e de caráter preparatório é de planejamento. Nessa etapa é coletado o maior número possível de informações, elaborado o plano de gerenciamento de riscos, estabelecendo a periodicidade das reuniões de identificação, análise, monitoramento e reporte.
Após a fase inicial, segue-se para a identificação de riscos, que para paradas exige uma imersão profunda e multidisciplinar. Workshops com equipes de manutenção, operação, segurança, suprimentos e administrativo, aliada à análise de históricos de paradas anteriores, são essenciais para mapear desde falhas de equipamentos, problemas logísticos, atrasos de suprimentos, até desafios de segurança e coordenação de equipes. É importante que nessa fase não se busquem somente ameaças (riscos que afetam negativamente a parada), mas oportunidades (riscos que afetam positivamente a parada).
A complexidade das paradas reside também na alta interatividade e interdependência dos riscos. Em ambientes interativos, os riscos não se manifestam de forma isolada; suas causas e efeitos se entrelaçam. A análise tradicional, que examina riscos compartimentadamente, pode subestimar o impacto acumulado e as cadeias de eventos em cascata. Para lidar com essa complexidade, abordagens que considerem a dinâmica dos riscos são essenciais:

  • Análise de Rede de Riscos: Mapear as interconexões entre os riscos e as atividades do projeto, identificando os caminhos críticos de propagação de risco.
  • Modelagem de Sistemas Dinâmicos: Utilizar modelos que simulem a evolução dos riscos ao longo do tempo, considerando os feedbacks e as interações, permitindo prever comportamentos emergentes do sistema.
  • Análise de Cenários Interconectados: Desenvolver cenários complexos que envolvam múltiplas falhas ou sucessos interdependentes, avaliando o impacto combinado.
  • Workshops de Risco Multidisciplinares: Promover a colaboração entre diferentes equipes e disciplinas para identificar riscos nas interfaces e suas possíveis interações.

Após a identificação, a análise qualitativa permite priorizar os riscos com base em sua probabilidade de ocorrência e impacto potencial, utilizando-se de matrizes de risco. Nessa etapa são determinados os planos de respostas, ações que buscam alterar a probabilidade e impacto dos riscos a nosso favor. No entanto, é na análise quantitativa que a gestão de riscos atinge seu ápice de precisão para paradas complexas. Ferramentas como as Simulações de Monte Carlo são cruciais para dimensionar o impacto agregado das incertezas nos objetivos de prazo e custo do projeto. Ao simular milhares de cenários possíveis, essas ferramentas geram distribuições de probabilidade que indicam a chance real de conclusão em diferentes patamares de tempo e custo. Este processo permite determinar a contingência probabilística necessária, um buffer de prazo e custo calculado com base em dados, e não em estimativas arbitrárias, oferecendo uma visão muito mais realista da previsibilidade. Softwares como @Risk, Risky Project, Safran Risk e Primavera Risk Analysis são indispensáveis nessa etapa, assim como um Sistema de Gerenciamento de Riscos, que pode ser desde um Excel até um sistema hard code, desde que observe e atenda as necessidades da parada. Outra ferramenta que se destaca nesse processo é a Análise de Sensibilidade feita na sequência, onde essa informa quais são os riscos que mais influenciaram para o resultado da simulação. Nesse ponto salienta-se que os riscos que mais impactam os prazos podem não ser os mais altos, devido à rede de precedência e as folgas entres as atividades.

Figura 1 – Exemplo de resultado de simulação de riscos de custo

Pela sua natureza dinâmica, o monitoramento contínuo dos riscos garante que riscos já identificados sejam atualizados ou fechados e novos riscos sejam identificados. Esse processo faz parte de um ciclo semelhante ao do PDCA de cada risco. A resposta eficaz aos riscos em ambientes interativos foca não apenas no risco individual, mas na fragilidade da rede, através de estratégias como a alocação de buffers de interface e uma comunicação robusta entre as equipes para detecção precoce de problemas.
Uma etapa muitas vezes negligenciada, mas fundamental é o reporte. Essa etapa é fundamental para dar ciência dos resultados da análise de riscos aos stakeholders. Uma comunicação eficaz, transparente e dinâmica propicia uma rápida tomada de decisão de modo que à parada seja direcionada a atingir seus objetivos iniciais.

3. Resultados e Benefícios
A aplicação rigorosa e aprofundada do gerenciamento de riscos em paradas complexas, especialmente por meio de simulações probabilísticas, gera melhorias e resultados concretos e mensuráveis.

Melhorias e Indicadores:

  • Otimização de Prazos: A precisão na estimativa probabilística permite alocar recursos de forma mais eficiente e identificar gargalos potenciais antes que se tornem problemas, resultando na redução do tempo de inatividade.
  • Controle Orçamentário: A contingência calculada cientificamente assegura que recursos adequados estejam disponíveis para mitigar riscos, evitando estouros de orçamento e otimizando o fluxo de caixa do projeto.
  • Previsibilidade Aumentada: As curvas S de probabilidade fornecem uma visão clara da chance de cumprimento de prazos e custos, permitindo decisões estratégicas mais embasadas.
  • Segurança Reforçada: A identificação proativa de riscos de segurança e o planejamento de respostas minimizam incidentes e acidentes com afastamento, protegendo as equipes e os ativos.

Casos de Sucesso Reais:
Em minha trajetória profissional, a aplicação dessas metodologias resultou em benefícios significativos:

  • No projeto Miracema da TAESA, a análise de riscos com simulações de Monte Carlo foi crucial para reduzir em mais de 30 dias o tempo de startup, demonstrando como a previsibilidade pode antecipar o início da operação e, consequentemente, a geração de receita.
  • Para o projeto Biogás COPI da Raízen, a determinação da semana exata de início do fornecimento de gás foi possível graças à análise probabilística, garantindo o cumprimento de um marco contratual de alta relevância.
  • A metodologia de gerenciamento de riscos desenvolvida por mim para a Timenow, quando aplicada no projeto Braskem DNB Eteno Verde, informou com precisão a data correta para o início da parada a partir da análise da pré-parada, evitando atrasos e otimizando o cronograma geral.
  • Projetos de grande escala sob minha gestão, como o fit-out da Shell (R$ 60 milhões), foram entregues no prazo, no orçamento e sem acidentes com afastamento, enquanto o projeto MV26 da Modec (US$ 1.5 bilhão) foi concluído com impressionantes 105 dias de antecedência, ambos resultados da gestão integrada de planejamento, controle e riscos.

Esses exemplos ilustram como o gerenciamento de riscos não é apenas uma formalidade, mas uma ferramenta poderosa que otimiza processos, eleva o engajamento das equipes pela maior clareza e previsibilidade, e contribui diretamente para o sucesso e a sustentabilidade dos negócios.

Figura 2 – Exemplo de resultado da simulação em comparação com o orçamento

4. Conclusão
O gerenciamento de riscos em paradas complexas transcende a mera mitigação de problemas; ele é uma disciplina estratégica que transforma incertezas em informações acionáveis e oportunidades de otimização. Os principais aprendizados residem na compreensão de que a previsibilidade em ambientes de alta complexidade é alcançada por meio de uma abordagem sistêmica, que integra as fases de identificação, análise quantitativa (com destaque para as simulações de Monte Carlo) e um planejamento robusto de respostas. A determinação de riscos em ambientes altamente interativos exige uma mudança de paradigma da análise isolada para uma visão sistêmica. Ao entender como os riscos se interconectam e se propagam, é possível desenvolver estratégias de mitigação mais eficazes, construindo resiliência intrínseca ao projeto.

Recomendações para Replicação:
Sugere-se a adoção de metodologias de gerenciamento de riscos pautadas em dados, incentivando a capacitação das equipes no uso de ferramentas de simulação e na interpretação de seus resultados. A criação de um repositório de lições aprendidas de paradas anteriores pode enriquecer as análises futuras.

Próximos Passos e Melhorias Futuras:
A constante evolução das ferramentas de análise e a integração com inteligência artificial podem aprimorar ainda mais a precisão preditiva. O foco em uma cultura organizacional que valorize a proatividade na gestão de riscos e o compartilhamento de conhecimento é essencial para consolidar essas práticas. Ao transformar o gerenciamento de riscos em um diferencial competitivo, as organizações não apenas protegem seus investimentos, mas também impulsionam a eficiência e a excelência operacional.

5. Referências

  • PMI – Project Management Institute. A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide). 7th ed. Project Management Institute, 2021.
  • PMI – Project Management Institute. The Standard for Risk Management in Portfolios, Programs, and Projects. Project Management Institute, 2020.
  • AACE International. AACE Recommended Practice No. 43R-08: Risk Management for Cost and Schedule Control. AACE International, 2008.
  • AACE International. AACE Recommended Practice No. 117R-21: Risk Analysis and Contingency Determination Using Expected Value. AACE International, 2021.
  • ABNT. ABNT NBR ISO 31000: Gestão de riscos — Diretrizes. ABNT, 2018.
  • SCHUYLER, John R. Risk and Decision Analysis in Projects. Project Management Institute, 2016.
  • Determinação de Risco em Ambientes Altamente Interativos: Uma Abordagem para Projetos Complexos. Project Management Institute, 2020.

Padronização das Práticas Para Gerenciamento de Riscos em Paradas de Manutenção

Autor: Weidson Calazans Freitas, Eng. Planejamento, Mosaic, Araxá/MG

Resumo:
A padronização das práticas de gerenciamento de riscos é a forma mais eficaz de garantir a aplicação das metodologias e dos métodos de uma empresa. Esse processo é fundamental em paradas de manutenção, pois garante a segurança, a eficiência e o sucesso de operações complexas num cenário de constante mudança. Um planejamento detalhado e a adoção de procedimentos padronizados ajudam a minimizar imprevistos, aumentar a assertividade, reduzir custos e prolongar a vida útil dos equipamentos, promovendo confiabilidade e melhora da reputação da organização.

1. Introdução
Uma parada de manutenção é a interrupção da produção de uma unidade industrial, parcial ou total, para que sejam realizadas intervenções de manutenção nos equipamentos e instalações. Antes da implementação, deve-se realizar um estudo de viabilidade para analisar o melhor momento, os benefícios esperados, os prazos limites e os impactos gerais. O gerenciamento de riscos é crucial nesse processo, pois paradas mal planejadas podem gerar atrasos, impactos na produção e, principalmente, colocar em risco a segurança dos trabalhadores. Para garantir um gerenciamento de riscos eficaz e de fácil entendimento, padrões normativos devem ser considerados. A padronização das práticas é guiada por diversas normas e diretrizes, tanto nacionais quanto internacionais. Dentre elas, destacam-se: Normas Regulamentadoras (NRs) e ABNTs (normas brasileiras); ISO 55000 (Gestão de Ativos), que fornece uma base para o controle de riscos em manutenções; PMBOK e ISO 31000, referências globais que conceituam as práticas para um bom gerenciamento de riscos em projetos. Um dos maiores desafios da gestão de riscos está na implementação das metodologias, principalmente no cenário de manutenção das indústrias brasileiras, que demonstram um grau de maturidade inicial. É nesse ponto que a padronização das práticas se torna fundamental, pois ela facilita a implementação das metodologias, orientando e fornecendo dados para as equipes envolvidas nos projetos.

2. Desenvolvimento
A padronização de metodologias para o gerenciamento de riscos em projetos de manutenção é crucial para aprimorar a eficiência, a consistência e a tomada de decisões nas organizações. A implementação desse processo não acontece de forma rápida, mas é um esforço contínuo que envolve planejamento, comunicação e, acima de tudo, a colaboração de todos os envolvidos. Isso parte de um objetivo claro, que deve ser disseminado por toda a equipe, exigindo a quebra de paradigmas e a mudança de alguns processos ao longo da jornada. Existem práticas que podem auxiliar na implementação de uma cultura global de gerenciamento de riscos. A primeira delas é a criação de um Comitê de Gerenciamento de Riscos. Esse comitê, composto por representantes de diferentes áreas (como gerentes de projeto, especialistas e alta gerência), terá a missão de definir os objetivos da padronização, os processos, seus responsáveis e as metodologias a serem aplicadas. Outra prática importante é a definição das ferramentas adequadas. Elas podem incluir workshops, análises qualitativas e quantitativas, auditorias, listas de verificação e softwares que otimizem a identificação, avaliação e o controle dos riscos. É fundamental que todos os envolvidos no controle e gerenciamento de riscos estejam treinados e cientes dos benefícios que uma boa gestão traz. Para isso, deve-se investir em capacitação e fomentar a comunicação contínua, onde a troca de informações é o principal ativo do grupo. A incorporação da padronização na cultura da empresa é uma prática com grande importância, pois sem ela o sucesso no longo prazo não será alcançado. Isso pode ser feito integrando o gerenciamento de riscos em todas as fases dos projetos, do planejamento ao encerramento. Por fim, a melhoria contínua reforça que o gerenciamento de riscos não é um evento único, mas um processo constante que requer feedbacks e ajustes recorrentes. Existem metodologias comprovadas e amplamente aplicadas na gestão de projetos que podem otimizar o gerenciamento e o controle de riscos, especialmente em paradas de manutenção. Algumas delas incluem: Análise SWOT, Kanban, Diagrama de Ishikawa, Matriz de Riscos, Last Planner System (LPS) e o Princípio de Pareto. Uma variedade de metodologias pode ser avaliada e ajustada para atender às necessidades de cada organização. No entanto, o ideal é não se limitar a apenas uma, mas também não utilizar muitas, para que a gestão de riscos não se torne massiva e desgastante. O Comitê de Gerenciamento de Riscos é responsável por definir quais metodologias melhor atendem às necessidades de cada projeto, além de como e quando elas serão aplicadas.

Figura 1 – Análise SWOT

Fonte: Meetime – Análise SWOT para vendas: o que é, por que fazer e como conduzir. Descrição: Quadro da análise SWOT, destacando sua sigla S – Strength (forças), W – Weakness (fraquezas), O – Opportunity (oportunidades) e T – Threats (ameaças).

Ao seguir essas práticas, as chances de se obter bons resultados na implementação de uma cultura de gerenciamento de riscos são muito altas. Isso traz benefícios tangíveis para as organizações, como a previsibilidade de ocorrências, a melhoria na comunicação das equipes, a simplificação da tomada de decisões, a otimização de custos e cronogramas, e um maior aprendizado organizacional.

3. Resultados e Benefícios
Além dos resultados iniciais, a implementação de uma cultura de gerenciamento de riscos e a aplicação de metodologias corretas proporcionam melhorias significativas para a organização. A prática constante leva à otimização operacional e financeira, além de uma maior previsibilidade em projeções futuras. O gerenciamento de riscos também se estende ao controle de riscos ambientais e sociais, que se tornaram cruciais para a reputação e sustentabilidade das empresas. Um dos maiores incrementos de valor é a criação de um banco de dados de conhecimento. Ao registrar e analisar os riscos e as respostas de projetos anteriores, a empresa constrói uma base de informações valiosa. Isso permite que projetos futuros sejam planejados com maior assertividade em relação ao escopo, custo, recursos e qualidade técnica, transformando a gestão de uma prática reativa para uma estratégia proativa e preditiva.

4. Conclusão
O artigo ressalta principalmente a importância de padronizar as metodologias voltadas ao gerenciamento de riscos em projetos, especialmente os de paradas de manutenção. Essa prática, embora seja desafiadora, é fundamental para o sucesso do empreendimento e para a segurança de todos os envolvidos. A criação do Comitê de Gerenciamento de Riscos é a etapa primordial no processo, pois é responsável por guiar todas as decisões, desde a capacitação das equipes até a implementação das metodologias. É essencial que a organização avalie as metodologias existentes no mercado e aplique aquelas que melhor atendam às necessidades do projeto. No entanto, à medida que a maturidade em gerenciamento de riscos aumenta, a própria organização pode desenvolver metodologias customizadas para atender suas demandas específicas.

5. Referências
Análise SWOT para vendas: o que é, por que fazer e como conduzir. Disponível em: https://meetime.com.br/blog/gestao-empresarial/analise-swot/. Acesso em: 02 de setembro de 2025.
Gestão de paradas de manutenção e a disponibilidade operacional. Engefaz Engenharia Ltda / Engefaz do Brasil Ltda • Mantido por Orlen Digital. Disponível em: https://www.engefaz.com/gestao-de-paradas-de-manutencao-e-a-disponibilidade-operacional/. Acesso em: 02 de setembro de 2025.
Gerenciamento de riscos em projetos. Ed. 4. Luiz Antonio Joia, Alonso Mazini Soler, Gisele Blak Bernat, Roque Rabechini Junior. FGV Editora.
Gerenciamento de Riscos em Projetos. Setembro, 2020 (1ª ed.) Frederico Haendel Neto. Material produzido pelo Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Poder Executivo Estadual – CEFOSPE.

Soluções Tecnológicas da Qualidados Engenharia: Inovação e Eficiência a Serviço dos Nossos Clientes

No cenário atual, onde a competitividade e a eficiência são requisitos indispensáveis, a tecnologia desempenha um papel crucial na superação de desafios e na maximização de resultados. Na Qualidados Engenharia, entendemos que cada obstáculo é uma oportunidade para evoluir. Por isso, dedicamos nossos esforços à criação de soluções inovadoras, capazes de transformar a forma como nossos clientes gerenciam seus projetos, ativos e paradas de manutenção.

Nossa atuação vai além de simplesmente resolver problemas imediatos. Buscamos uma compreensão profunda das dores enfrentadas em campo para desenvolver soluções que não só atendam às demandas atuais, mas que também antecipem as necessidades futuras do mercado. A inovação, nesse contexto, é o motor que guia nossa estratégia, e o nosso Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) é o coração desse movimento transformador.

Inovação como Pilar Estratégico

Na Qualidados, a inovação é parte do nosso DNA. Ela nos impulsiona a desafiar o status quo e a explorar novas fronteiras no desenvolvimento de produtos e serviços. Por meio de nossas iniciativas tecnológicas, proporcionamos aos nossos clientes ferramentas que não apenas melhoram a eficiência operacional, mas também oferecem insights estratégicos para tomadas de decisão mais assertivas.

Sabemos que no ambiente corporativo, a capacidade de inovar está diretamente ligada ao sucesso de longo prazo. Por isso, nossas soluções são projetadas para serem flexíveis e adaptáveis, permitindo que cada cliente encontre a abordagem ideal para suas necessidades específicas.

Nossas Soluções Tecnológicas

Fiscal 4.0: Tecnologia na Fiscalização e Comissionamento

A plataforma Fiscal 4.0 permite o gerenciamento completo do processo de fiscalização e comissionamento, assegurando maior controle durante a execução de projetos.

Principais funcionalidades:

  • Programação digital (Web e Mobile).
  • Criação de formulários personalizados.
  • Registro de evidências com fotos georreferenciadas.
  • Dashboards e relatórios para controle do processo. 

Benefícios do Fiscal 4.0:

  • Eficiência operacional: Dashboards e relatórios facilitam o monitoramento em tempo real, apoiando decisões rápidas e informadas.
  • Acessibilidade e flexibilidade: A compatibilidade com dispositivos web e mobile permite o uso em campo ou no escritório, garantindo maior conectividade.
  • Confiabilidade nos dados: O registro detalhado de evidências visuais georreferenciadas assegura rastreabilidade e suporte documental robusto.

QGIA: Gestão Avançada de Ativos

O QGIA é uma ferramenta abrangente projetada para otimizar a gestão de ativos, com foco em aumentar a confiabilidade e aprimorar a engenharia de manutenção. É um sistema computadorizado de Gerenciamento de Manutenção (CMMS) baseado em uma inteligência artificial e em sensoriamento IoT. Sua tecnologia integra diagnósticos, monitoramento e automação, permitindo que empresas alcancem excelência operacional e reduzam custos.

Funcionalidades principais:

  • Diagnóstico de maturidade em gestão de ativos.
  • Monitoramento online de ativos (dados técnicos e ordens de manutenção).
  • Interface por voz, e-mail, Whatsapp, Telegram e outras plataformas.
  • Inteligência Artificial para manutenção preditiva.
  • Software para controle e gerenciamento da manutenção.
  • Sistema preditivo e monitoramento de falhas.

Benefícios para as operações:

  • Acompanhamento das falhas dos ativos: Permite predizer a quebra do equipamento e programar com mais assertividade a parada para sanar a falha.
  • Redução de custos: A manutenção preditiva otimiza recursos e evita gastos desnecessários.
  • Aumento da durabilidade dos ativos: Diagnósticos precisos ajudam a prolongar a vida útil dos equipamentos.
  • Visão em tempo real: O monitoramento contínuo proporciona maior controle e agilidade na resposta a possíveis problemas.

Cleopatra: Gestão Estratégica para Grandes Projetos

Por meio da parceria com o Cleopatra Enterprise, a Qualidados oferece uma solução robusta para a gestão total de Grandes Paradas de Manutenção e Projetos CAPEX.

Funcionalidades principais:

  • Estimativa de custo dos projetos
  • Monitoramento do progresso e controle de custos.
  • Gerenciamento de mudanças em campo.
  • Centralização de dados e informações.
  • Controle do escopo e pacotes de trabalho.
  • Digitalização de contratos e licitações.

Benefícios estratégicos:

  • Decisões baseadas em dados: Informações centralizadas e acessíveis ajudam na tomada de decisões rápidas e embasadas.
  • Redução de riscos: Controle aprimorado de custos e escopo minimiza desvios e retrabalhos.
  • Eficiência operacional: Digitalização dos processos acelera fluxos e reduz burocracias.

EngAgil: Gestão Ágil e Integração de Processos

O EngAgil é uma plataforma web e mobile que potencializa a gestão de projetos e equipes de campo, digitalizando processos e integrando informações de forma ágil e eficiente.

Funcionalidades principais:

  • Gestão de serviços de engenharia e construção.
  • Registro de evidências com fotos georreferenciadas.
  • Geração de Relatórios Diários de Obra (RDO).
  • Emissão e aprovação de documentos com assinatura digital.

Por que escolher o EngAgil?

  • Prevenção de disputas: Redução de pleitos indevidos, graças à documentação detalhada e rastreável.
  • Tomada de decisão rápida: Relatórios diários fornecem informações claras e acessíveis.
  • Confiabilidade e segurança: Aprovação documental facilitada, garantindo agilidade sem comprometer a integridade dos dados.
  • Agilidade na aprovação de medição de contratadas: Rapidez na aprovação das medições e redução de retrabalhos.

Por que Escolher a Qualidados?

Com um portfólio de soluções robustas e inovadoras, a Qualidados Engenharia está comprometida em oferecer tecnologia que transforma desafios em resultados dos seus clientes. Cada ferramenta foi projetada para entregar eficiência, segurança e inteligência na gestão de ativos e processos.

Estamos prontos para enfrentar os desafios do seu negócio e transformá-los em oportunidades de crescimento. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar a sua empresa a alcançar novos patamares de eficiência e sucesso.

Inovar é construir o futuro. Com a Qualidados, você está sempre à frente.

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Sobre o autor: Felipe Venancio

Engenheiro Químico com MBA em Gerenciamento de Projetos e mais de 10 anos de experiência em pesquisa, desenvolvimento, inovação e empreendedorismo. Atuou em grandes fintechs nacionais, hubs de inovação, corporações e consultorias, desempenhando uma variedade de funções relacionadas a essas áreas. Atualmente, é especialista de PD&I na Qualidados Engenharia. 

 

Planos de Contingência no Gerenciamento de Riscos em Projetos de Engenharia

1. Introdução

Os empreendimentos de engenharia são projetos costumeiramente complexos, pois envolvem times multidisciplinares, atividades fora da rotina das unidades e grandes volumes de capital. Dimensões como custo, prazo, escopo, qualidade, satisfação do cliente, dentre outras, precisam ser planejadas e monitoradas a fim de atingir os objetivos do projeto.

Neste sentido, um dos fatores críticos de sucesso é o gerenciamento de riscos do projeto. A primeira grande etapa é o levantamento dos riscos inerentes ao projeto, seguida pela categorização e priorização. Durante a análise qualitativa dos riscos, são identificadas as ameaças e oportunidades relacionadas com as respectivas probabilidades e impactos. Por fim, são definidas as ações de resposta. São estratégias clássicas para tratamento de um risco:

  • Ameaças (ou riscos negativos): prevenir, mitigar, transferir, aceitar, escalar.
  • Oportunidades (ou riscos positivos): explorar, compartilhar, melhorar, aceitar, escalar.

Os gerentes de projetos e suas equipes tendem a se debruçar de forma mais intensa nos riscos negativos, visto que eles podem levar o projeto ao fracasso.

Para projetos mais complexos e de maior envergadura, onde se deseja apurar o exercício de gerenciamento de riscos, é usado o método quantitativo, que envolve métodos matemáticos iterativos (o mais usado é a Simulação de Monte Carlo). Neste método, o gerente do projeto poderá prever o grau de certeza para atingir determinado objetivo-chave, como custo ou prazo, a partir de curvas estatísticas clássicas de comportamento do risco analisado.

No caso de ameaças (ou riscos negativos), a decisão mais delicada é a mitigação do risco, pois envolve o monitoramento de ações eficazes a fim de que o risco seja tratado. Embora haja esforços para o tratamento e mitigação, os riscos residuais, que são provenientes de riscos significativos que não foram totalmente eliminados, se concretizados, podem gerar impactos relevantes. Sendo assim, ações de contingenciamento para o tratamento dos eventos indesejados são necessárias. O plano de contingências é o documento que formaliza a estruturação e definição destas ações com as partes interessadas e o time do projeto.

 

2. Estruturação dos Planos de Contingência

Os planos de contingência devem ser específicos, detalhados e alinhados aos riscos residuais identificados. São estratégias documentadas que detalham como uma equipe deve reagir caso os riscos residuais se materializem. É fundamental que os stakeholders sejam envolvidos e participem do desenvolvimento dos planos. Desta forma, as equipes precisam estar preparadas para o cenário de realização do evento indesejado. Alguns fatores chave para a construção do plano:

  • Documentação Clara: Cada plano deve descrever claramente o risco, a resposta planejada e os recursos necessários para implementar a resposta.
  • Responsabilidade Designada: É crucial que cada ação do plano tenha um responsável que esteja ciente de suas funções e que possa atuar rapidamente em caso de necessidade.

 

3. Alocação de Recursos

Para que os planos de contingência sejam eficazes, é necessário garantir que os recursos (financeiros, humanos e materiais) estejam disponíveis quando necessário. Isso pode envolver:

  • Reservas Financeiras: Alocar um percentual do orçamento total do projeto para cobrir despesas imprevistas.
  • Equipe Treinada: Assegurar que a equipe esteja treinada e preparada para agir conforme os planos de contingência.

Quando as ações de contingenciamento envolvem recursos financeiros, é fundamental que a alta direção da organização esteja preparada para alocar este recurso e que o montante esteja disponível no prazo adequado a fim de mitigar de fato o cenário indesejado realizado.

 

4. Monitoramento e Controle

O acompanhamento constante dos riscos e da eficácia dos planos de contingência é vital. Isso pode ser feito por meio de:

  • Reuniões Regulares: Discussões periódicas sobre o status dos riscos e a necessidade de ajustes nos planos.
  • Ferramentas de Monitoramento: Utilização de softwares que ajudem a rastrear o progresso e a identificar sinais precoces de problemas.

Um momento importante no processo de monitoramento e controle envolve revisitar os riscos a fim de verificar se as contingências adotadas continuam a ser eficazes.

Da mesma forma, é possível que novos riscos sejam identificados, que obviamente precisam ser adequadamente tratados no mesmo nível de rigor dos identificados incialmente. Isto ocorre porque os cenários são dinâmicos e envolvem variáveis que nem sempre podem ser controladas. Este dinamismo precisa estar refletido no gerenciamento de mudanças do projeto, com reflexos na revisão das linhas de base do projeto. Pode ser necessário envolver a alta direção da organização para uma revisão das reservas de contingência, o que não é uma tarefa fácil para o gerente do projeto.

O Excel ainda hoje é a ferramenta mais utilizada para gerenciar todo este processo. Contudo, existem algumas ferramentas de tecnologia colaborativas e dedicadas a esta área de conhecimento que podem suportar as equipes e o gerente do projeto na condução do gerenciamento de riscos, tornando as informações mais confiáveis, auditáveis e com maior rastreabilidade.

Além disso, ferramentas que favorecem a integração dos processos, como o Cleopatra, aumentam a produtividade das equipes, com aumento também da assertividade das informações. Isto tudo resulta em decisões pautadas em informações mais confiáveis, ou seja, tudo que o decisor precisa para decidir com segurança.

 

5. Revisão e Aprendizado Contínuo

Após a ativação de um plano de contingência, é fundamental revisar o que funcionou e o que não funcionou. Isso deve ser parte do processo de aprendizado contínuo da equipe de projeto. Recomenda-se:

  • Reuniões de retrospectiva: Avaliar as respostas aos riscos e discutir melhorias para futuros projetos.
  • Atualização de documentação: Integrar as lições aprendidas aos processos de gerenciamento de riscos e contingências.

 

6. Comunicação

O processo de comunicação é o mais sensível dentre todos os processos de um gerenciamento de projetos. As comunicações também têm forte influência no gerenciamento do plano de contingências. Todos os membros da equipe devem estar cientes dos riscos potenciais e das respostas planejadas. Isso inclui:

  • Informação acessível: Garantir que todos os documentos relevantes estejam facilmente acessíveis.
  • Canais de comunicação: Estabelecer canais de comunicação claros para a equipe relatar problemas ou incertezas.

 

7. Conclusão

Gerenciar ações de contingenciamento em projetos de engenharia é um processo contínuo que requer planejamento, flexibilidade e colaboração. A estruturação destas ações não apenas protege os objetivos do projeto, mas também fortalece a confiança da equipe e das partes interessadas. Ao implementar as melhores práticas discutidas, os gestores de projeto podem garantir uma resposta ágil e eficaz às mudanças, promovendo assim o sucesso do projeto.

 

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Sobre o autor: João Henrique Costa

engenheiro mecânico de formação. Tem mais de 35 anos de vivência em complexos industriais de grande porte nos segmentos de petroquímica e mineração. Experiência em grandes paradas de manutenção integradas com investimentos de capital (planejamento e execução). Atuou em manutenção de rotina e gestão de almoxarifados. Foi gestor de Administração Contratual (orçamento, subcontratações, medições do avanço dos serviços e controle de custo). Pós-graduado em manutenção petroquímica, gerenciamento de serviços e riscos de processo. Profissional certificado pelo PMI. Atualmente, coordena o PMO da Qualidados Engenharia.

 

Gestão de Ativos: O coração da Indústria

O Coração da Indústria: A Importância da Gestão de Ativos

A gestão de ativos é o coração pulsante da indústria moderna, permitindo que as organizações maximizem a eficiência operacional, reduzam os custos e aumentem a confiabilidade dos equipamentos. A importância da gestão de ativos é muitas vezes subestimada, mas as empresas que a adotam, prosperam em um mercado cada vez mais competitivo.

Ao monitorar de perto o desempenho dos ativos e implementar práticas de manutenção preventiva, as organizações podem evitar falhas catastróficas e garantir que suas operações continuem funcionando de forma eficiente. A gestão de ativos vai muito além de simplesmente catalogar equipamentos – é uma abordagem estratégica que pode impulsionar o sucesso a longo prazo de uma empresa.

Neste artigo, exploramos como a importância da gestão de ativos está transformando a indústria e como as empresas podem se beneficiar ao implementar as melhores práticas nesta área crucial.

Introdução à gestão de ativos industriais

Ao monitorar e controlar os ativos da empresa de forma eficaz, é possível otimizar seu uso, reduzir custos e aumentar a produtividade. Um bom gerenciamento envolve a implementação de estratégias para manutenção preventiva, inspeção regular e identificação de oportunidades de melhoria. Além disso, a utilização de tecnologias inovadoras, como o software de gestão de ativos, pode simplificar o monitoramento em tempo real e fornecer dados precisos para a tomada de decisões estratégicas.

Ao treinar a equipe e seguir as melhores práticas, as empresas podem alcançar resultados significativos e se destacar no mercado competitivo.

 

Vantagens de uma gestão eficaz

Implementar práticas estratégicas de gestão de ativos ajuda as empresas a garantir que seus ativos sejam utilizados de forma apropriada, reduzindo o tempo de inatividade e os custos de manutenção. Inspeções regulares e programações de manutenção preventiva são cruciais para identificar problemas potenciais precocemente, minimizando interrupções nas operações. Adotar tecnologias inovadoras, como software de gestão de ativos, permite que as empresas acompanhem o desempenho dos ativos, monitorem programações de manutenção e tomem decisões baseadas em dados para aprimorar a eficiência operacional. Investir na formação dos funcionários para familiarizá-los com as melhores práticas de gestão de ativos garante uma implementação conforme benchmark mundial e o cumprimento dos protocolos de manutenção. Uma gestão de ativos bem-sucedida no setor industrial requer uma abordagem abrangente que inclui planejamento, monitoramento e melhoria contínua para impulsionar o crescimento sustentável e a competitividade em um mercado em constante evolução. Além disso, a integração de tecnologia e inovação revolucionou a gestão de ativos no setor industrial, permitindo que as empresas otimizem operações, melhorem escalabilidade e aprimorem processos de tomada de decisão. A adoção de dispositivos da Internet das Coisas (IoT), sensores e ferramentas de análise preditiva transformou as práticas de monitoramento e manutenção de ativos, permitindo a coleta e análise de dados em tempo real. Aproveitar técnicas de manutenção preditiva permite que as empresas antecipem falhas nos ativos, agendem proativamente a manutenção e evitem períodos de inatividade não planejados.

 

Estratégias para maximizar o desempenho dos ativos

Gerenciar ativos de forma eficaz ajuda as empresas a otimizar a produtividade, minimizar o tempo de inatividade e reduzir os custos operacionais. Através da implementação de estratégias como manutenção preditiva e monitoramento de condições, as organizações podem abordar proativamente possíveis problemas antes que se agravem, garantindo um desempenho consistente e confiável dos ativos. A análise de dados e a tecnologia podem ainda potencializar a eficiência dos ativos, fornecendo insights valiosos sobre a saúde dos ativos e tendências de desempenho.

Além disso, fomentar uma cultura de melhoria contínua e inovação dentro da organização pode levar a avanços adicionais na maximização do desempenho dos ativos. Incentivar os funcionários a se envolverem ativamente na identificação de oportunidades de otimização e compartilhar melhores práticas pode resultar em uma utilização aprimorada dos ativos e maior longevidade. Ao priorizar a maximização do desempenho dos ativos, as indústrias podem se manter competitivas, atender às demandas de mercados em constante evolução e impulsionar um crescimento sustentável a longo prazo.

 

Tecnologia e inovação na gestão de ativos

A tecnologia desempenha um papel fundamental na gestão de ativos, permitindo monitoramento em tempo real, manutenção preditiva e tomada de decisões baseada em dados. Ao utilizar sensores de IoT, inteligência artificial e computação em nuvem, as indústrias podem facilmente coletar e analisar dados valiosos de desempenho de ativos. Ao integrar a tecnologia nas práticas de gestão de ativos, as indústrias podem otimizar os cronogramas de manutenção, minimizar o tempo de inatividade e aumentar a eficácia geral do equipamento.

Além disso, a tecnologia melhora a eficiência de rastreamento de ativos e a gestão de inventário, garantindo informações precisas sobre o uso e disponibilidade de ativos. O software de gestão de ativos fornece plataformas centralizadas para armazenar dados de ativos, rastrear históricos de manutenção e gerar relatórios de desempenho. Ao integrar soluções impulsionadas pela tecnologia, as indústrias podem otimizar os processos de gestão de ativos, abordar proativamente as necessidades de manutenção e ampliar a vida útil de ativos críticos. Essencialmente, adotar tecnologia na gestão de ativos capacita as indústrias a aumentar a produtividade, reduzir os custos operacionais e permanecer competitivas no cenário industrial em constante evolução de hoje.

 

Capacitação da equipe e manutenção preventiva

Inspeções regulares, limpeza e manutenção de equipamentos podem ajudar as empresas a prevenir quebras e tempo de inatividade custosos. Ao criar um cronograma com base nas recomendações do fabricante de equipamentos, dados históricos e melhores práticas da indústria, as empresas podem aumentar a vida útil de seus ativos, otimizar o desempenho e melhorar a eficiência operacional geral. Além disso, a manutenção preventiva ajuda a identificar possíveis problemas precocemente para reparos e substituições oportunos. Esta abordagem não só reduz o risco de falhas inesperadas, mas também melhora a segurança no local de trabalho, garantindo que os equipamentos estejam em condições ideais.

Integrar a manutenção preventiva às estratégias de gestão de ativos pode ajudar as empresas a economizar em custos de reparo, minimizar interrupções na produção e manter um ambiente operacional confiável.

 

Estudos de caso de sucesso na indústria

O monitoramento contínuo, análise e otimização do desempenho dos ativos são essenciais para garantir a máxima eficiência e produtividade. O sucesso na gestão de ativos também depende de práticas proativas de manutenção, utilizando insights baseados em dados para tomar decisões informadas e adotar avanços tecnológicos no monitoramento e controle de ativos.

Organizações que se destacam na gestão de ativos demonstram um forte compromisso com o treinamento e capacitação de suas equipes para lidar com ativos de forma eficaz. Elas priorizam investimentos em tecnologias avançadas de gestão de ativos e sistemas que simplificam processos e aprimoram a eficiência operacional. Ao fomentar uma cultura de colaboração e inovação, práticas bem-sucedidas de gestão de ativos não só levam a economias de custos e melhor utilização de ativos, mas também abrem caminho para o crescimento sustentável e uma vantagem competitiva no cenário industrial atual.

A Qualidados conta com um portfólio com amplas soluções de mercado e uma destas ferramentas é a QGIA que agrega valor na visão organizacional empregando Inteligência Artificial, IOT, Machine Learning e um CMMS otimizado trazendo um nível de gestão quanto aos processos em termos de gerenciamento. A empresa conta com um time de especialistas em Gestão de Ativos para suportar seus clientes e criar vantagem competitiva para sua empresa.

Quer saber mais sobre gestão de Ativos ou como podemos auxiliá-lo, solicite nossa consultoria ou entre em contato conosco.

 

Qualidados, engenharia com tecnologia provendo soluções com alto valor agregado.

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Sobre o autor: Washington F. de Araújo

Executivo com atuação em diversos projetos estratégicos. Formação em Engenharia de Produção, Mecânica e Automação Industrial. Possuiu diversas especializações, MBA’s e certificações em cenário nacional. Referência em Gestão de ativos, Consultor SAP (SAP Partner) e entusiasta pelo tema gestão de excelência.

 

Estudo de Caso: aplicação de uma solução para gerenciamento de custos

Introdução

A crescente complexidade dos projetos de investimento e os rígidos requisitos orçamentários têm desafiado as organizações a buscar formas mais eficazes de gerenciar os custos globais dos empreendimentos complexos. Neste contexto, a Qualidados apresenta uma forma sólida e estruturada para este monitoramento e controle, unindo metodologias robustas e a plataforma tecnológica Cleopatra Enterprise, que integra sistemas antes estanques, resultando em uma gestão econômico-financeira estratégica e transparente. Este artigo explora a relevância desta iniciativa, destacando seus benefícios no gerenciamento de projetos.

A Qualidados possui metodologias para estruturar os processos que envolvem o gerenciamento de custos, que se constituem em linhas mestras e conduzem as equipes para a obtenção de resultados confiáveis e padronizados. Estas metodologias são baseadas nas melhores práticas do mercado e são constantemente atualizadas, a fim de se obter bons resultados e uma comunicação vertical e horizontal eficazes entre os diversos stakeholders.

Implementação do Gerenciamento de Custos em uma empresa do agronegócio

A Qualidados atuou na implementação de uma solução integrada de gerenciamento de custos para uma importante empresa global do agronegócio, especializada em grãos, oleaginosas e açúcar, com operações em Santos-SP/Brasil, durante os anos de 2023 e 2024. Foram realizadas atividades baseadas no módulo Cost Management de gerenciamento de custos da Cleopatra Enterprise, que permite a gestão do orçamento do projeto diretamente através do ERP do cliente e/ou scripts de interface, utilizando planilhas Excel.

No âmbito deste serviço, a equipe Qualidados, inicialmente, capacitou os colaboradores do cliente, não apenas no uso da ferramenta tecnológica implantada, mas, também, nos princípios fundamentais do gerenciamento de custos, essenciais para uma gestão eficaz, seguindo as melhores práticas e de acordo com suas metodologias.

Após a etapa inicial de carregamento via script do orçamento no sistema, foi iniciado o acompanhamento e controle dos custos do projeto. As informações sobre valores comprometidos, realizados, alterados, movimentados, reestimados, dentre outros, foram inseridas rotineiramente na plataforma de forma rápida e fácil, realizando, assim, a gestão contínua dos custos do projeto.

Mudanças no orçamento são corriqueiras em projetos. A ferramenta Cleopatra, através do módulo Cost Management, ofereceu funcionalidades para incorporar orçamentos revisados, identificando discrepâncias ao longo do tempo. Além disso, através da utilização de indicadores de performance, permitiu monitorar o desempenho dos custos, como por exemplo, os parâmetros EAC (Estimate at Completion) e ETC (Estimate to Completion).

Observação: É importante ressaltar que as imagens apresentadas a seguir não são parte do projeto mencionado anteriormente, mas, sim, exemplos quaisquer do uso desta plataforma.

Figura 1: Gráfico da linha de base revisada dos custos do projeto
Figura 2: Dashboard com métricas
Figura 3: Cronograma do projeto, alinhado ao gerenciamento de custos

Benefícios da utilização de metodologia suportada por ferramenta tecnológica

A utilização de ferramentas tecnológicas no gerenciamento de projetos do agronegócio, ou de qualquer segmento, oferece vantagens significativas. A capacidade de integrar orçamentos diretamente de sistemas existentes, como ERP e planilhas, simplifica o processo de monitoramento e controle de custos. Isso reduz o tempo dedicado à coleta de dados e minimiza erros manuais, garantindo maior precisão nas análises financeiras.

O módulo de gerenciamento de custos da Cleopatra facilita a identificação precoce de desvios orçamentários. Com funcionalidades para incorporar revisões orçamentárias e comparar as estimativas atuais com os valores comprometidos e realizados, as equipes de gestão podem tomar decisões baseadas em dados precisos, de forma mais rápida e eficaz.

Conclusão

A Qualidados tem expertise para implantar soluções integradas que unem suas metodologias e ferramentas tecnológicas como o Sistema Cleopatra, que podem maximizar os resultados no gerenciamento de custos. Projetos complexos demandam controles robustos. Os resultados da parceria estratégica com a Cleopatra Enterprise refletem o compromisso da Qualidados em buscar continuamente as melhores soluções para proporcionar maior valor aos seus clientes. A implementação bem-sucedida do módulo de gerenciamento de custos em uma empresa do agronegócio não só fortalece a eficiência operacional e o controle financeiro, como, também, demonstra nossa capacidade de adaptação às necessidades do mercado. Com isso, estamos posicionados para atender às demandas atuais e para liderar iniciativas futuras que promovam melhorias e resultados excepcionais para nossos parceiros.

Referências

Cleopatra Enterprise, 2024.
Project Management Institute. (2017). A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK Guide). Project Management Institute.
Schwalbe, K. (2018). Information Technology Project Management. Cengage Learning.

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Sobre a autora: Aíla Sacramento – Engenheira de Planejamento PMO na Qualidados

Engenheira de Produção com MBA em Gerenciamento de Projetos, trago comigo experiência em gerenciamento de projetos em PMO de engenharia. Atualmente, faço parte do time responsável pela implantação de módulos de custos nos clientes. Além disso, realizo análises dos processos da gestão corporativa de projetos, KPIs, e implantação de práticas ágeis. Também sou responsável pela criação de metodologias e padrões de trabalho, gestão de conhecimento e atuação em projetos de inovação.

 

Descomissionamento no Brasil: explorando seus desafios e oportunidades

O Brasil possui mais de 170 plataformas marítimas de produção de petróleo e gás, distribuídas ao longo de seu litoral. Destas, 55 unidades (50 fixas e 5 semissubmersíveis) têm mais de 25 anos de operação. Essas plataformas estão situadas nas bacias de Sergipe (P-23), Campos (P-16), Ceará (P-9) e Potiguar (P-7), com algumas delas atualmente inativas.

Com a vida útil média das plataformas marítimas variando de 20 a 30 anos, o Brasil apresenta um considerável potencial para atividades de descomissionamento de instalações de petróleo offshore.

O descomissionamento corresponde ao complexo conjunto de atividades destinadas a interromper, permanentemente, a operação das instalações, incluindo o abandono e selagem de poços, remoção de estruturas, descarte adequado de materiais, resíduos e rejeitos, recuperação ambiental da área e manutenção das condições de segurança da navegação local.

Apesar de ser uma prática mais frequente nos Estados Unidos e no Reino Unido, o Brasil já possui um histórico de projetos dessa natureza. Em 2021, foram removidas cinco plataformas: três estruturas fixas de Cação, no Espírito Santo, o FPSO Piranema Spirit, em Sergipe, e a unidade flutuante de produção P-15, na Bacia de Campos. Em 2022, a plataforma P-7 foi descomissionada, e em 2023 foi a vez da P-32, também na Bacia de Campos. Esta última foi a primeira unidade da Petrobras a adotar o modelo de destinação sustentável de embarcações. A Petrobras já havia feito este trabalho anteriormente nas plataformas P-12, P-27, P-34, FPSO Brasil, FPSO Marlim Sul e FPSO Cidade de Rio das Ostras, todas localizadas na Bacia de Campos.

A atividade apresenta vários obstáculos logísticos significativos. A regulamentação rigorosa, envolvendo múltiplas agências como a ANP, IBAMA e INMETRO, impõe um processo burocrático e demorado para obter as licenças necessárias. Além disso, a infraestrutura de transporte, particularmente em áreas remotas, é insuficiente, tornando complexa a movimentação de grandes equipamentos de plataformas offshore para unidades de tratamento em terra.

Os custos elevados do descomissionamento em águas rasas podem ser mitigados com uma gestão eficiente, que utiliza tecnologias avançadas, como as oferecidas pela Qualidados. O planejamento meticuloso e a coordenação entre operadores, reguladores, contratados e comunidades locais são essenciais para minimizar interrupções e atrasos, ao passo que a adoção de práticas sustentáveis e transparentes é crucial para mitigar impactos ambientais e sociais.

A Qualidados integra soluções inovadoras que facilitam o descomissionamento, garantindo eficiência e conformidade com as regulamentações ambientais e de segurança. Com a nossa solução em parceria com Cleopatra, todos os dados e documentos do projeto são centralizados em uma plataforma intuitiva, permitindo acesso facilitado e gestão integrada. Cronogramas detalhados, otimização de tarefas e recursos, acompanhamento em tempo real e identificação precoce de problemas são possibilitados, assegurando controle total do processo.

Do mesmo modo, a tecnologia Fiscal 4.0 da Qualidados facilita a gestão e monitoramento de fiscalização e comissionamento de projetos. Com programação digital e formulários personalizados, os gestores podem acompanhar mais facilmente o avanço dos serviços no campo e tomar decisões mais assertivas diante de alertas sobre desvios.

“O descomissionamento exige um planejamento muito bem-feito, porque, diante dos inúmeros serviços envolvidos, ganha quem tiver o melhor custo-benefício”, afirma Eduardo Aragon, CEO da BrainMarket.

Diante da agenda ESG, um novo modelo de descomissionamento é necessário, incorporando diversas iniciativas. Isso inclui a minimização de resíduos, controle de emissões de carbono e prevenção de impactos à biodiversidade. Também devem ser contempladas medidas para proteger a saúde dos trabalhadores envolvidos na reciclagem, respeitar compromissos de direitos humanos, garantir a eficiência do desmantelamento com a recuperação de materiais metálicos e não metálicos, e assegurar a destinação adequada de rejeitos. Além disso, tecnologias avançadas como diques secos e sistemas de drenagem eficazes são adotadas para evitar a contaminação ambiental. Um inventário prévio de materiais assegura a elaboração de planos de reciclagem adequados, enquanto a reciclagem segura de embarcações protege o meio ambiente e os trabalhadores nos estaleiros.

Em síntese, o descomissionamento representa um desafio complexo que exige planejamento meticuloso, coordenação eficiente e adoção de tecnologias avançadas. Apesar dos obstáculos logísticos e regulatórios, iniciativas como as da Qualidados estão demonstrando que é possível realizar esse processo de forma sustentável e eficaz. Ao integrar inovações tecnológicas e práticas transparentes, é viável mitigar impactos ambientais e sociais, ao mesmo tempo que se assegura a segurança dos trabalhadores e a conformidade com as normativas. O futuro do descomissionamento está na combinação de eficiência operacional com responsabilidade socioambiental, alinhado aos princípios da agenda ESG.

COELHO, José Mauro. Oportunidades do Brasil no Descomissionamento Offshore. Disponível aqui. Acesso em: 13 jul.2024.

CONGRESSO INTERNACIONAL DE TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, CONSTRUÇÃO NAVAL E OFFSHORE- SOBENA, 29. O Descomissionamento e Desmantelamento Como Oportunidades de Negócio, 2022, Rio de Janeiro.

 

 

Gerenciamento de Riscos em Projetos: Maximizando o sucesso organizacional

Introdução

Em um cenário empresarial extremamente competitivo, onde as incertezas são uma constante, o sucesso de um projeto pode depender significativamente da capacidade de gerenciar efetivamente os riscos envolvidos. Desde pequenas empresas até corporações multinacionais, todas estão sujeitas a uma variedade de fatores internos e externos que podem afetar a realização bem-sucedida de seus projetos. Este artigo explora a importância do gerenciamento de riscos em projetos, destacando suas principais etapas e estratégias para maximizar o sucesso organizacional.

1. O Papel Fundamental do Gerenciamento de Riscos em Projetos

O gerenciamento de riscos desempenha um papel fundamental na identificação, avaliação e mitigação de potenciais obstáculos que podem prejudicar o progresso e os resultados de um projeto. Ao reconhecer e abordar proativamente os riscos, as organizações podem minimizar surpresas desagradáveis, maximizar oportunidades e aumentar a probabilidade de sucesso.

2. Identificação de Riscos: Reconhecendo as Ameaças e Oportunidades

A identificação de riscos é o primeiro passo crítico no processo de gerenciamento de riscos. Isso envolve uma análise detalhada de fatores internos e externos que podem afetar o projeto, incluindo mudanças regulatórias, instabilidade econômica, problemas de fornecimento, entre outros. Ao antecipar possíveis obstáculos e oportunidades, as organizações podem estar mais bem preparadas para enfrentar os desafios que surgirem.

3. Avaliação e Priorização de Riscos: Maximizando Recursos

Uma vez identificados, os riscos precisam ser avaliados quanto à sua probabilidade de ocorrência e impacto potencial. Isso permite que os gerentes de projeto priorizem os riscos mais significativos e aloquem recursos de forma eficiente para mitigá-los. Ao concentrar esforços nas áreas de maior risco, as organizações podem otimizar o uso de seus recursos e aumentar suas chances de sucesso.

4. Desenvolvimento de Estratégias de Resposta: Preparando-se para o Inesperado

Desenvolver estratégias de resposta eficazes é essencial para lidar com os riscos identificados. Isso pode envolver a implementação de medidas preventivas para evitar a ocorrência de certos riscos, bem como planos de contingência para lidar com eles caso se materializem. Ter essas estratégias prontas e testadas pode ajudar a minimizar o impacto de eventos adversos e manter o projeto em linha.

5. Monitoramento e Controle Contínuos: Adaptando-se às Mudanças

O gerenciamento de riscos não é um processo estático, é uma jornada contínua que requer monitoramento e controle contínuos. À medida que o projeto avança e o ambiente externo evolui, novos riscos podem surgir e as condições existentes podem mudar. É essencial que a equipe, juntamente aos gerentes de projeto, esteja atenta a essas mudanças e ajuste suas estratégias de gerenciamento de riscos conforme necessário, para garantir o sucesso contínuo do projeto.

6. Comunicação Efetiva: Um Pilar do Gerenciamento de Riscos

Um aspecto muitas vezes subestimado, mas crucial, do gerenciamento de riscos é a comunicação efetiva. É essencial estabelecer canais claros e abertos de comunicação entre todas as partes interessadas, desde a equipe do projeto até os principais interessados e partes externas relevantes. A comunicação transparente e regular ajuda a garantir que todos estejam cientes dos riscos identificados, das estratégias de resposta em vigor e das mudanças no ambiente do projeto. Além disso, promove uma cultura de colaboração e responsabilidade, onde todos se sentem encorajados a relatar preocupações e contribuir com soluções.

7. Gerenciamento de Riscos em Projetos Ágeis: Adaptando-se à Velocidade do Mercado

Com a ascensão da metodologia ágil, o gerenciamento de riscos em projetos também evoluiu para atender às necessidades de equipes que operam em ambientes dinâmicos e em constante mudança. No contexto ágil, o gerenciamento de riscos é incorporado ao processo de desenvolvimento desde o início, com uma abordagem interativa e colaborativa para identificar, avaliar e responder aos riscos. Isso permite que as equipes ajam de forma rápida e eficiente para mitigar os riscos à medida que surgem, mantendo o progresso do projeto e a qualidade do produto.

8. A Importância da Aprendizagem Organizacional: Transformando Lições em Oportunidades

Uma parte essencial do gerenciamento de riscos é a capacidade de aprender com as experiências passadas e aplicar essas lições para melhorar a gestão de riscos futuros. Isso envolve a criação de uma cultura de aprendizagem organizacional, onde os sucessos e fracassos são analisados de forma crítica e as melhores práticas são identificadas e compartilhadas em toda a organização. Ao incorporar a aprendizagem contínua ao processo de gerenciamento de riscos, as organizações podem se adaptar mais rapidamente às mudanças no ambiente do projeto e aumentar sua capacidade de inovação e crescimento.

Conclusão

O gerenciamento eficaz de riscos em projetos é essencial para o sucesso organizacional. Ao adotar uma abordagem proativa para identificar, avaliar e responder aos riscos, as organizações podem minimizar a possibilidade de surpresas desagradáveis e maximizar suas chances de alcançar os objetivos do projeto de forma oportuna e dentro do orçamento. Investir no gerenciamento de riscos não apenas protege os interesses da organização, mas também promove uma cultura de responsabilidade e excelência, preparando as organizações para enfrentar os desafios futuros com confiança e resiliência.

Em resumo, o gerenciamento de riscos é parte essencial de qualquer estratégia de negócios bem-sucedida. Ao reconhecer os desafios e oportunidades que podem surgir ao longo do ciclo de vida dos projetos, as organizações podem posicionar-se para enfrentar adversidades com confiança e alcançar o sucesso em seus empreendimentos.

 

Descrição sobre autor:

Lúcio Ricardo Lima Amaral: Atualmente atua como Especialista no Escritório de Projetos (PMO). Possui formação em Engenharia Elétrica, certificações Black Belt Lean Six Sigma, PCM – Programação e Controle de Manutenção e PEM – Production Engineering Mastery, além de experiência em Gerenciamento de Paradas de Manutenção e Gestão de Riscos.

 

Uso de soluções tecnológicas no auxílio do gerenciamento de custos em projetos

O gerenciamento de custos em projetos é uma área crítica que demanda uma abordagem meticulosa e estratégica. Em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo, entender e controlar os custos associados a projetos individuais e ao portfólio como um todo é essencial para o sucesso organizacional a longo prazo.

Figura 1: Etapas do Gerenciamento de Custos.

E o que é necessário para realizar uma boa gestão de custos?

Antes de iniciar qualquer projeto, é crucial estabelecer claramente o escopo do trabalho a ser realizado. Uma compreensão precisa do escopo permite uma estimativa de custos mais precisa e evita surpresas indesejadas durante a execução do projeto. As estimativas de custos devem ser baseadas em dados históricos sempre que possível e considerar todas as particularidades e requisitos específicos do projeto. (Kerzner, 2017; Project Management Institute, 2017)

Além disso, uma alocação eficiente de recursos é fundamental para otimizar os custos em projetos de portfólio. Isso envolve a atribuição cuidadosa de recursos humanos, materiais e financeiros para garantir que cada projeto receba os recursos necessários sem desperdícios. A prática de gerenciamento de recursos deve ser flexível o suficiente para acomodar mudanças nas prioridades do portfólio. (Gray & Larson, 2018; Project Management Institute, 2019). Falando em recursos envolvidos, a equipe responsável por compor o time que fará o gerenciamento de custos do projeto precisa ser habilitada e conhecedora das melhores práticas da disciplina.

Ferramentas que podem auxiliar

Uma variedade de ferramentas de gerenciamento de custos está disponível para auxiliar as organizações no controle e monitoramento dos gastos do projeto. Ferramentas de software especializadas podem ajudar na elaboração de orçamentos, rastreamento de despesas, previsão de custos futuros e análise de variações. A escolha da ferramenta certa depende das necessidades e da complexidade do portfólio de projetos. (Schwalbe, 2018; Fleming & Koppelman, 2016)

A Qualidados formou uma sólida parceria com a Cleopatra Enterprise, empresa holandesa especialista em ferramentas e provedora de conhecimento na especialidade Engenharia de Custos. A ferramenta Cleopatra possui diversos módulos que atendem todo o ciclo de vida do projeto de forma holística e integrada, observando as particularidades e necessidades de um projeto.

 

Figura 2: Módulos do Cleopatra Fonte: Cleopatra Enterprise

 

Especificamente na disciplina de custos, podemos destacar os módulos de Cost Estimation e Cost Management. O primeiro módulo, foi projetado para auxiliar as organizações no desenvolvimento de estimativas precisas e abrangentes para projetos em uma variedade de setores industriais. Aqui posso destacar algumas de suas principais características:

 

Figura 3: Principais funcionalidades do módulo Cost Estimation. Fonte: Própria autora

 

Já o módulo de gerenciamento de custos do Cleopatra tem o objetivo de auxiliar as organizações no controle eficaz dos custos ao longo do ciclo de vida de um projeto. Este módulo oferece uma série de recursos e funcionalidades que permitem aos gerentes de projeto monitorar, analisar e tomar decisões informadas sobre os custos associados aos projetos em andamento.

 

Conclusão

O gerenciamento de custos em projetos é uma disciplina complexa que exige uma abordagem multifacetada e proativa. Ao adotar práticas e ferramentas eficazes, as organizações podem controlar os custos, mitigar riscos e maximizar o retorno sobre o investimento em seus projetos.

 

Referências

AACE International -Association for the Advancement of Cost Engineering (2024).
Fleming, Q., & Koppelman, J. (2016). Earned Value Project Management. Project Management Institute.
Gray, C., & Larson, E. (2018). Project Management: The Managerial Process. McGraw-Hill Education.
Kerzner, H. (2017). Project Management: A Systems Approach to Planning, Scheduling, and Controlling. John Wiley & Sons.
Project Management Institute. (2017). A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK Guide). Project Management Institute.
Schwalbe, K. (2018). Information Technology Project Management. Cengage Learning.

 

Escrito por Aíla Sacramento

Engenheira de Produção com MBA em Gerenciamento de Projetos, trago comigo experiência em gerenciamento de projetos em PMO de engenharia. Atualmente, faço parte do time responsável pela implantação de módulos de custos nos clientes. Além disso, realizo análises dos processos da gestão corporativa de projetos, KPIs, e implantação de práticas ágeis. Também sou responsável pela criação de metodologias e padrões de trabalho, gestão de conhecimento e atuação em projetos de inovação.

 

 

A metodologia como fator de sucesso no gerenciamento de projetos de capital

O gerenciamento de projetos de capital é uma atividade complexa que envolve uma série de processos interconectados e variáveis que precisam ser gerenciadas para garantir o sucesso. Uma metodologia eficaz é fundamental para gerenciar e controlar todos os aspectos de um projeto, desde o início até a conclusão. Neste artigo, discutiremos a importância de uma metodologia no gerenciamento de projetos de capital.

Os projetos de capital

No âmbito industrial, os projetos de capital (Capex) geralmente são projetos estruturantes, com visão de longo prazo e que tem o objetivo de ampliar a capacidade produtiva ou melhorar a qualidade operacional. A construção de novas instalações industriais, a expansão de fábricas, construção de edificações e desenvolvimento de tecnologias são exemplos de projetos Capex.

Os projetos de capital, principalmente na indústria, possuem uma série de características que aumentam significativamente a complexidade do gerenciamento e da sua execução. São geralmente projetos de alto investimento, multidisciplinares, com milhares de atividades interdependentes, que envolvem tecnologias exclusivas, tem interface com órgãos regulatórios, envolvem múltiplos fornecedores, tem logística de suprimentos específica, a operação é de alto risco de segurança de processos e o orçamento pode sofrer alterações por variações cambiais ou mudanças de cenário.

Os desafios do gerenciamento

As empresas também enfrentam desafios em relação ao nível de maturidade para a condução destes projetos. Muitas vezes, a estrutura organizacional e o processo de governança não estão alinhados ao contexto do projeto, as boas práticas de gestão não são conhecidas ou a aplicação não é disciplinada, o nível de definição do escopo é baixo, os recursos são insuficientes, as indefinições de negócio geram riscos e mudanças, dentre outros fatores ambientais. De acordo com a pesquisa realizada pela KPMG, AIPM e IPMA, “The Future of Project Management: Global Outlook 2019. KPMG, AIPM, IPMA”, apenas 36% das companhias entregam seus projetos dentro orçamento, 30% entregam no prazo e 44% entregam projetos que atendem a meta original e estratégia de negócios. Diante deste contexto, é fundamental que as empresas estejam preparadas e adotem metodologias estruturadas para obter sucesso no gerenciamento de projetos com tamanha complexidade.

Projeto de construção de uma refinaria de petróleo.
Projeto de construção de uma refinaria de petróleo.

Metodologia

Uma metodologia de gerenciamento de projetos pode ser definida como um conjunto de processos, práticas e técnicas adotadas para planejar, executar, monitorar e controlar um projeto. O uso disciplinado de uma metodologia contribui na definição clara de padrões e etapas do ciclo de vida do projeto, melhorando o detalhamento de requisitos e fluxo das comunicações, aumentando o controle de custos e qualidade, facilitando o gerenciamento de riscos, além de garantir que todas as atividades  sejam realizadas de maneira sistemática e padronizada, atendendo aos objetivos, gerando valor para o negócio e impactando as partes interessadas.

A metodologia de gerenciamento de projetos da Qualidados contribui para a obtenção de resultados com excelência operacional através da aplicação de boas práticas de gestão de projetos orientada a obras industriais.  A metodologia considera a necessidade de adaptação ao ambiente de negócios dos clientes e inclui procedimentos, processos, ferramentas, técnicas e sistemas informatizados de controle, auxiliando profissionais na gestão do ciclo de vida de projetos diversos, sejam eles de baixa ou alta complexidade, pequeno ou grande porte, sempre adotando práticas reconhecidas mundialmente (PMBOK, FEL, AWP e Agile), de forma que a metodologia pode ou não ser utilizada em sua totalidade, maximizando os resultados.

Os processos da metodologia dividem-se em pilares, etapas e grupos, considerando o ciclo de vida de um projeto, programa ou portfólio. Dessa forma, cada item foi detalhado considerando o portfólio de serviços da Qualidados, necessidades dos clientes e as referências mundiais de gestão.

Metodologia de gerenciamento de projetos Qualidados.
Metodologia de gerenciamento de projetos Qualidados.

Conclusão

Em síntese, a adoção de uma metodologia e aplicação de forma disciplinada são fundamentais para o sucesso de projetos de capital. Ela é capaz de assegurar o cumprimento dos prazos, orçamentos e especificações acordadas, mitigar riscos, aprimorar a comunicação e a colaboração entre as equipes envolvidas, garantir a qualidade das entregas e assegurar a conformidade com as normas e regulamentações aplicáveis. Portanto, investir em uma metodologia eficaz é uma das melhores maneiras de aumentar as chances de sucesso de projetos de capital.

Entre em contato com a nossa equipe de consultores e saiba como podemos suportá-los neste processo.

 

Escrito por José Elmo Ferreira Junior

Engenheiro Mecânico, especialista em gestão de projetos certificado pelo Project Management Institute – PMI (PMP®/DASM®) com experiência de 11 anos no gerenciamento e execução de projetos multidisciplinares de engenharia industrial, construção e montagem. Responsável pela gestão e implantação de projetos de capital Capex. Profissional também atuante em escritórios de projeto, suportando o desenvolvimento de novos produtos, metodologias, treinamento e integração de equipes, análises de desempenho, priorização de portfólio e aplicação de boas práticas de gestão de projetos.