Nossa primeira eleição CIPA on-line

Plataforma inovadora ajuda Qualidados a conciliar atendimento à norma de segurança, com ganhos de agilidade, economia de papel e distanciamento social.

Os desafios trazidos pela pandemia estão impulsionando soluções inovadoras também na área de segurança do trabalho. E na Qualidados não é diferente. Este ano, colaboradores da empresa participaram pela primeira vez de eleições para compor as suas Comissões Internas de Prevenção de Acidente (CIPAs) de forma inteiramente remota e com apuração em tempo real. A novidade é resultado do lançamento da plataforma CIPA, uma solução desenvolvida pela área de Tecnologia de Informação da empresa em parceria com o setor de Saúde, Meio Ambiente e Segurança.

Disponível on-line para todos os colaboradores, a plataforma funciona de forma integrada ao Sistema de Informações Gerenciais de SMS (SIGSMS). Ao ingressar neste ambiente, o profissional visualiza os dados relativos à eleição do contrato onde atua e, com apenas alguns cliques, seleciona o seu candidato preferido em meio a uma lista de nomes previamente cadastrados.

Em paralelo, a plataforma disponibiliza relatórios que permitem acompanhar a evolução dos processos de votação e apuração de votos, com a identificação dos nomes dos candidatos eleitos de acordo com os parâmetros definidos na legislação. Até agora, a novidade foi testada com sucesso pelas equipes que atuam nos contratos com as unidades de Operações de Exploração e Produção da Petrobras UO RNCE, UO Rio e UO Roncador. As eleições foram realizadas simultaneamente nos três contratos, que atuam com profissionais integralmente em regime de home office.

A técnica de segurança Caroline Cruz conta que a ideia da criação da plataforma CIPA surgiu justamente da necessidade de conciliar o cenário de home office – e as exigências de distanciamento social – com o cumprimento da NR5, a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego que trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Os resultados da iniciativa, no entanto, ultrapassaram a expectativa inicial.

“Além de garantir o cumprimento da norma, nós conseguimos dar agilidade à votação, que antes era feita manual e presencialmente, e também reduzir o consumo de papel, graças, entre outras coisas, à utilização da ferramenta de assinatura eletrônica”, relata a técnica de segurança, ao lembrar que o processo de eleição da CIPA envolve o registro de diversos documentos que a partir de agora não mais precisarão ser impressos.

O gerente de projetos de TI, Dino Porto, ressalta ainda a capacitação técnica e a dedicação da sua equipe para viabilizar a votação on-line em um prazo muito desafiador. O esforço valeu a pena. “Em um período de incertezas como o que estamos vivendo, nós conseguimos levar mais agilidade ao processo de eleição, com respeito às exigências de distanciamento social e mais segurança para todos os envolvidos neste importante processo de SMS”, resume Dino.

O que ganhamos com as crises?

Dos desafios iniciais à pandemia, veja lições das crises que ajudaram a Qualidados a chegar aos 27 anos entre os destaques do Ranking da Engenharia Brasileira.

Poucos dias antes de comemorar, em 31 de agosto, seu aniversário de 27 anos, a Qualidados recebeu um presente especial. Em um evento on-line que atraiu mais de 4 mil acessos, reunindo alguns dos mais importantes empresários do País, a revista O Empreiteiro elegeu a empresa baiana como um dos destaques  do Ranking da Engenharia Brasileira 2020, que este ano avaliou 370 construtoras, projetistas, companhias de montagem industrial e firmas de serviços de engenharia.

Entre as empresas do segmento projetos e consultoria, a Qualidados foi eleita a segunda maior do Norte e Nordeste.  No ranking nacional por receita, ficou em 28o lugar entre as projetistas e gerenciadoras e em 21o na lista das maiores variações de receita do segmento projetos e consultoria, graças a um respeitável crescimento de 36% no ano.

O desempenho positivo ganha um sentido especial diante dos desafios que a crise gerada pela pandemia do coronavírus trouxe não só para a Qualidados, mas para todo o setor. Não é a primeira vez, no entanto, que reviravoltas no mercado obrigam a empresa baiana a se reinventar, testando a sua capacidade de sobrevivência. E foi pensando nisso que resolvemos contar um pouco da história de alguns dos principais desafios enfrentados pela empresa nestes 27 anos, e as lições aprendidas com a sua superação. Confira:

            Estratégia inicial – Quando a Qualidados surgiu, em 1993, o Brasil passava por uma crise econômica, com inflação galopante. Ainda assim, o Polo de Camaçari vivia uma fase efervescente, com interesse crescente por ferramentas de TI para planejamento, acompanhamento e controle de serviços de engenharia. Funcionários de empresas no Polo, os engenheiros Maurício Simões e Luiz Henrique Costa viram neste cenário a oportunidade de abrir seu próprio negócio, oferecendo ao mercado serviços de gerenciamento de projetos com um diferencial: a associação entre engenharia e tecnologia da informação.  Maurício conta que os primeiros cinco anos da Qualidados “foram muito duros, mas dentro da normalidade, como acontece com qualquer empresa nova”.  O acerto da estratégia inicial permitiu que a empresa se consolidasse como fornecedora de serviços ao Polo.

A chegada dos anos 2000 foi marcada pelo ingresso na empresa de um novo sócio, o engenheiro Claudio Freitas.  O contexto era de expansão das atividades da empresa para os serviços de gestão e planejamento de paradas de manutenção. “Como era uma atividade na qual tinha uma grande experiência, surgiu uma sinergia interessante nesse processo”, explica Claudio, ao contar que seu ingresso coincidiu também com a conquista do primeiro contrato de planejamento de paradas na Ciquine (empresa do Polo onde havia atuado), além de ter culminado com o primeiro contrato da Qualidados com a Petrobras, por meio da Refinaria Landulpho Alves (RLAM))
“Muitos dos desafios vividos pela empresa ao longo de sua primeira década estavam ligados aos fluxos de retração e expansão do Polo”,  analisa Jane Carvalho,  que ingressou na empresa em 2001, a princípio como colaboradora e depois como sócia-diretora. Como exemplo de mudanças de impacto no Polo, Jane cita a reestruturação de capitais que resultou na aquisição da antiga Copene pelo consórcio Odebrecht/Mariani, com a criação da Braskem.  Em 2002 – depois da experiência bem-sucedida de prestação de serviços para a Petrobras/RLAM, a Qualidados fechou seu primeiro contrato fora da Bahia, iniciando um ciclo de expansão de fronteiras.

            Gestão responsável – Já os anos de 2009 e 2010 foram marcados por uma forte retração na economia internacional, que gerou reflexos para a indústria do Brasil e, consequentemente, para a Qualidados, a essa altura já consolidada como fornecedora de grandes empresas como Petrobras e Gerdau. Apesar dos desafios, Maurício conta que a empresa conseguiu sair fortalecida dos abalos do mercado.

Um dos fatores que contribuíram para isso foram os investimentos contínuos em gestão. “Fomos pioneiros na certificação pelo Sistema de Gestão, e investimos em Planejamento Estratégico desde que éramos uma microempresa”, recorda Jane.  Para ela, porém, o que levou de forma decisiva a Qualidados a sobreviver a esta – e também a outras crises – foi a ênfase em uma gestão sustentável e responsável. “Vimos muitos fornecedores que trabalhavam com preços baixos na esperança de crescer rapidamente quebrarem porque a Petrobras mudou a sua política contratual e eles não tinham provisionado recursos para honrar seus compromissos”, conta.

Diversificando o portfólio –  A crise mais difícil foi a gerada pela redução drástica nos investimentos da Petrobras, como reflexo das atividades da Operação Lava Jato.  “Havíamos criado uma plataforma de atendimento diferenciada para atender à Petrobras e a demanda era tamanha que não nos preocupamos em diversificar o portfólio de clientes”, recorda Maurício. Surpreendidos pela suspensão de vários contratos – num momento em que a empresa vinha investindo e crescendo de forma acelerada – os sócios foram obrigados a repensar sua estratégia de negócio.

Mais uma vez, a solidez da empresa, proporcionada pelo foco na gestão responsável, fez toda a diferença – mas algumas lições fundamentais ficaram da experiência. “Aprendemos, entre muitas outras coisas, a importância de não colocar todos os ovos na mesma sacola e de valorizar os colaboradores que fazem diferença em qualquer situação”, resume o empresário.

E a pandemia? – Agora, diante das turbulências geradas pela pandemia, a Qualidados foi obrigada a responder de forma ainda mais ágil. Um comitê de gerenciamento de crise foi criado logo no início da pandemia e um trabalho intensivo foi feito junto aos clientes, para garantir a continuidade dos contratos.  Estas e outras medidas, e empenho de toda a equipe, fizeram com que a Qualidados se adaptasse ao novo cenário com mais facilidade do que o esperado. Para Jane Carvalho, o resultado pode ser reflexo dos investimentos em inovação mantidos pela empresa desde 2014. “A cultura de inovação é justamente isso: tomar decisões de forma ágil, trabalhar de modo colaborativo, e aprender a conviver com o risco”, ensina. “Hoje, com certeza, estamos mais preparados para enfrentar as incertezas dos momentos de crise do que no passado”, resume.

 

Oito dicas para sobreviver a crises

Veja as recomendações de Maurício Simões para empreendedores

  1. Esteja sempre preparado para uma crise: mais cedo ou mais tarde ela chegará.
  2. Nunca pense que já chegou a pior fase da crise. Sempre existe mais um degrau a descer, e é preciso estar preparado para ele.
  3. Torne os seus processos mais simples e ágeis. Assim, você possibilita mudanças rápidas, caso seja preciso.
  4. Pense fora da caixa. Às vezes, em situações extremas os métodos tradicionais não dão certo e, ao exercitar o diferente, novos horizontes se abrem.
  5. Experimente formas diferentes de trabalhar. Valorize as entregas (qualidade e tempo) em detrimento da hora trabalhada. Mas estabeleça com clareza o que espera de cada colaborador.
  6. Mantenha e aprimore os bons líderes, e valorize os seus colaboradores. São eles que podem suportar a onda junto com você.
  7. Seja proativo nos acordos comerciais. Não deixe para mitigar os riscos depois: você pode não ter mais esta oportunidade.
  8. Acima de tudo, cresça de forma sustentável, mantendo suas provisões em dia e preparando um caixa para os imprevistos.

De máscara na plataforma

As novas rotinas dos colaboradores que atuam em plataformas e outras plantas industriais durante a pandemia       

A pandemia mudou a rotina de todo mundo. Quase de um dia pra o outro, máscaras de proteção e álcool gel viraram nossos companheiros constantes. Passamos a higienizar os produtos do supermercado e a deixar os sapatos do lado de fora na volta para casa. A revolução no cotidiano, porém. é ainda maior para quem atua em plataformas de petróleo e outras plantas industriais, desempenhando atividades que não podem ser interrompidas durante o isolamento. Para estas pessoas, a tarefa de conciliar trabalho com proteção à saúde tornou-se um desafio que vem rendendo novos e inesperados aprendizados.

Dos 474 colaboradores da Qualidados, 335 estão desempenhando suas atividades integralmente em regime de home office, o que representa cerca de 70% do total. O contingente inclui toda a equipe da Sede, em Salvador, e também colaboradores que atuam nas empresas clientes, com as quais foram feitas negociações para viabilizar a atividade remota. “Para nós, este número mostra o esforço da empresa para preservar a saúde dos colaboradores”, comemora o técnico de segurança Kleiton Santana (SMS), que integra o Comitê de Prevenção para o Coronavírus criado pela Qualidados para analisar a evolução da doença e ajudar a diretoria a tomar decisões.

Protocolos de saúde – Para os casos em que as empresas não abriram mão da presença física dos trabalhadores – em razão da importância da atividade e da impossibilidade de viabilizá-la de forma remota – a solução tem sido adotar protocolos rigorosos de saúde. É o que vem acontecendo, principalmente, com profissionais de perfil operacional, que atuam, por exemplo, na fiscalização de atividades de campo e no planejamento e na medição de serviços em paradas de manutenção.

Para os que atuam embarcados em plataformas de petróleo da Petrobras, o impacto das novas rotinas de prevenção tem sido especialmente grande. Para minimizar riscos de contágio, a empresa reduziu o contingente de profissionais nas unidades e alterou a escala de trabalho dos terceirizados, que passaram a permanecer 21 dias embarcados e 21 de folga (antes eram 14 dias de trabalho para 14 de descanso). Além disso, nos 14 dias que antecedem um novo embarque, o grupo precisa cumprir um isolamento social rigoroso em casa, com aferição de temperatura duas vezes ao dia e acompanhamento remoto feito por profissionais de saúde contratados pela Qualidados. Antes do embarque, nos aeroportos, os trabalhadores se submetem a testes para detectar uma possível contaminação pelo Covid-19.

Longe da família – O engenheiro de Programação e Controle Offshore Maximiano Ferraz conta que já se ambientou com o uso das máscaras durante a execução das tarefas e com as reuniões constantes por videoconferência.  O grande desafio, no entanto, tem sido o sacrifício de permanecer longe da família e amigos por mais tempo. Ainda assim, ele acredita que a fase tem lhe rendido aprendizados importantes.         No período de isolamento rígido em casa, ele tem feito cursos de capacitação profissional para os quais nunca encontrava tempo antes. “Acho que o mais importante, no entanto, tem sido o meu maior engajamento em campanhas de doação de cestas básicas para pessoas necessitadas”, revela Maximiano, que atua nas Unidades de Manutenção Maracanã e Tijuca , no Rio de Janeiro.

Adaptação constante – “Este é um momento que exige muito, do ponto de vista psicológico, de nós e dos nossos familiares”, avalia o também engenheiro de Programação e Controle Offshore Roberto Assaife. “A pandemia traz a cada momento um cenário diferente e atípico e a necessidade de adaptação é constante”, acrescenta o profissional, ao relatar as dificuldades de acesso ao aeroporto durante os primeiros dias de isolamento social, quando o transporte intermunicipal foi suspenso no Rio de Janeiro.

No flotel, o hotel flutuante onde fica embarcado, Roberto conta que, além do uso rotineiro do álcool gel e máscaras, há uma série de cuidados, por exemplo, na hora do almoço, como fiscalização da lavagem das mãos e distanciamento físico no refeitório. “Para mim, o grande aprendizado de toda esta experiência tem sido a consciência da importância de desacelerar, de deixar um pouco de lado a corrida desenfreada por ganhos financeiros – que nos deixa  às vezes com noites mal dormidas e sem se alimentar direito – para compreender a importância, por exemplo, de uma refeição em família. Afinal, somos tão frágeis que um ser microscópico pode acabar com a nossa vida e fazer o mundo parar”.

Incidência baixa

A política da Qualidados de privilegiar ao máximo o home office tem gerado bons resultados, com uma incidência baixa de casos da doença entre os colaboradores. Até o momento da elaboração desta matéria, a área de SMS havia contabilizado, entre os  474 colaboradores da empresa, 17 casos suspeitos em todo o Brasil, sendo que 13 deles foram descartados. Das quatro pessoas que receberam confirmação da doença, uma já estava inteiramente curada, enquanto as demais estavam se recuperando.