Inovação para todos

Eventos de integração mobilizam equipes dos contratos, que passam a poder acessar o Banco de Ideias e participar diretamente do Programa de Inovação da Qualidados.

Temos mais mentes conectadas com a busca de soluções inovadoras. O Programa de Inovação da Qualidados está abrindo suas portas para a participação direta das equipes que atuam junto aos clientes na execução dos contratos. Ao longo dos meses de maio e junho, uma série de eventos de integração está mobilizando os profissionais destas equipes, que a partir de agora passam a ter um canal disponível 24 horas para sugerir ideias e ter acesso à metodologia do Jogo da Inovação (JOIN), adotada desde 2014 para estimular a colaboração e a criatividade na empresa.

Para o analista de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I), Samuel Souza, a integração é um marco dentro do Programa de Inovação.

“Para a Qualidados ouvir o time é fundamental, por um motivo simples: quanto mais diversificadas as ideias maiores são as possibilidades de conexão e de gerar resultados, e inovação é justamente esta transformação de ideias em resultados positivos”, argumenta.

Já o analista de Qualidade Tairone Freire ressalta que a empresa dobrou o orçamento destinado à inovação para que o programa pudesse chegar ao maior número possível de colaboradores. O trabalho de adequação incluiu até a aquisição no mercado de uma ferramenta on-line de banco de ideias.

“A participação das equipes do contrato era um desejo desde que iniciamos com a metodologia JOIN; agora, após todo processo de Governança e definição do Planejamento Estratégico do último ano, nós conseguimos construir a estrutura e os meios necessários para tornar este desejo realidade”, conta Tairone.  A expectativa em relação aos resultados é a melhor possível. “Nós acreditamos que os colaborador na linha de frente com os clientes têm uma capacidade imensa de gerar ideias com maior valor agregado”, afirma.

Os eventos de integração – que vêm sendo realizados por meio da plataforma de webconferência MS Teams – são promovidos pelo Comitê de Inovação em parceria com a área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). A programação inclui informações sobre a história da gestão de inovação na Qualidados, o próprio conceito de Inovação, a metodologia JOIN, as boas práticas na área e o funcionamento do Portal de Inovação (Banco de Ideias). Em paralelo, os participantes ficam por dentro das soluções inovadoras que a empresa vem desenvolvendo em parceria com startups e de como estas soluções podem ser utilizadas nos contratos.

Após a atividade de integração, os profissionais passam a ter acesso ao Banco de Ideias, estando aptos a atuar no desenvolvimento, implementação e teste das ideias geradas por meio programa. Além disso, eles passam a participar (como ouvintes ou apresentadores) de uma série de eventos que integram a iniciativa. São eles: o Momento Radar, com foco no monitoramento de inovações no mercado, os Eventos de Ideação (EVI), que contam com uma equipe multidisciplinar cujo objetivo de construir e materializar ideias geradas na empresa, e os Encontros de Disseminação de Conhecimento (EDC), voltados para o compartilhamento de conhecimento e know-how.

Como planejar quando o mundo gira mais rápido?

Desafios da pandemia nos ajudam a refletir sobre a importância de dar flexibilidade e dinamismo aos nossos processos de planejamento.

Em fevereiro deste ano, quando a Qualidados estava revisando o seu Planejamento Estratégico, o home office era para nós uma aposta para o futuro. A ideia era desenvolver um projeto piloto, testar sua viabilidade, e só então decidir ou não pela implementação. Menos de um mês depois, impulsionados pela urgência de distanciamento social, encaramos e ultrapassamos o desafio de, em três dias, criar condições para manter 100% da equipe da Sede – e boa parte dos profissionais dos contratos – trabalhando remotamente. Tudo isso sem gerar prejuízos para a produtividade.

Este é apenas um exemplo de como a pandemia do coronavírus tem nos obrigado a revisitar, com uma agilidade até então impensável, não apenas as nossas práticas cotidianas como nossos planos, estratégias e objetivos para o futuro. A pandemia trouxe desafios, levantou questionamentos, sugeriu mudanças e redefiniu cenários no que diz respeito às nossas finanças, ao mercado, à legislação, às práticas de saúde e saúde ocupacional, ergonomia e até na definição do perfil profissional demandado nos recrutamentos.  Sintonizada com novidades e tendências mais atuais do mundo corporativo – e com uma cultura de inovação já consolidada – a equipe Qualidados pôde se adaptar aos novos cenários com facilidade, encarando os desafios de forma tranquila e receptiva.

Penso que toda esta experiência nos impulsiona a refletir também sobre planejamento. Como planejar em meio a incertezas? Como traçar objetivos e metas para um horizonte de cinco anos, quando a realidade à nossa volta se reconfigura em espaços de tempo muito mais curtos?

A Qualidados começou a investir em Planejamento Estratégico, ainda quando era uma microempresa. Desde 2004, estive envolvida nos nossos processos de implantação de modelos de Planejamento Estratégico, a princípio adotando os critérios do Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ); mais tarde, com a metodologia Balanced Scorecard (BSC).  O Planejamento Estratégico é algo que faz parte da cultura da nossa empresa, e foi por conta disso que, a partir dos desafios trazidos pela pandemia do coronavírus, nos engajamos nos últimos meses num esforço de revisão para garantir a aderência do documento à nova realidade.

Creio que esta experiência rica proporciona um ponto de partida interessante para repensar dinâmicas de planejamento, apontando inclusive para algumas vantagens da adoção de métodos ágeis.  Em gestão de projetos, o modelo de entrega ágil é caracterizado por ciclos curtos e incrementais, que ajudam a conferir mais flexibilidade ao processo de desenvolvimento de produtos, de tal modo que ajustes e  adaptações a novos cenários podem ser feitos de forma mais  dinâmica.

No atual momento, muitas incertezas ainda pairam sobre o impacto da pandemia em nossos negócios. Não sabemos, por exemplo, até que ponto o home office será algo incorporado em larga escala pelas empresas após este período, ou se a maioria irá tender a abandonar a prática, como uma contingência do passado. Creio que o mais importante, no entanto, é que toda esta situação tem muito a nos ensinar sobre a importância de, num mundo que gira cada vez mais rápido, saber cultivar flexibilidade e agilidade na hora de traçar nossos caminhos rumo ao futuro.

O que ganhamos com as crises?

Dos desafios iniciais à pandemia, veja lições das crises que ajudaram a Qualidados a chegar aos 27 anos entre os destaques do Ranking da Engenharia Brasileira.

Poucos dias antes de comemorar, em 31 de agosto, seu aniversário de 27 anos, a Qualidados recebeu um presente especial. Em um evento on-line que atraiu mais de 4 mil acessos, reunindo alguns dos mais importantes empresários do País, a revista O Empreiteiro elegeu a empresa baiana como um dos destaques  do Ranking da Engenharia Brasileira 2020, que este ano avaliou 370 construtoras, projetistas, companhias de montagem industrial e firmas de serviços de engenharia.

Entre as empresas do segmento projetos e consultoria, a Qualidados foi eleita a segunda maior do Norte e Nordeste.  No ranking nacional por receita, ficou em 28o lugar entre as projetistas e gerenciadoras e em 21o na lista das maiores variações de receita do segmento projetos e consultoria, graças a um respeitável crescimento de 36% no ano.

O desempenho positivo ganha um sentido especial diante dos desafios que a crise gerada pela pandemia do coronavírus trouxe não só para a Qualidados, mas para todo o setor. Não é a primeira vez, no entanto, que reviravoltas no mercado obrigam a empresa baiana a se reinventar, testando a sua capacidade de sobrevivência. E foi pensando nisso que resolvemos contar um pouco da história de alguns dos principais desafios enfrentados pela empresa nestes 27 anos, e as lições aprendidas com a sua superação. Confira:

            Estratégia inicial – Quando a Qualidados surgiu, em 1993, o Brasil passava por uma crise econômica, com inflação galopante. Ainda assim, o Polo de Camaçari vivia uma fase efervescente, com interesse crescente por ferramentas de TI para planejamento, acompanhamento e controle de serviços de engenharia. Funcionários de empresas no Polo, os engenheiros Maurício Simões e Luiz Henrique Costa viram neste cenário a oportunidade de abrir seu próprio negócio, oferecendo ao mercado serviços de gerenciamento de projetos com um diferencial: a associação entre engenharia e tecnologia da informação.  Maurício conta que os primeiros cinco anos da Qualidados “foram muito duros, mas dentro da normalidade, como acontece com qualquer empresa nova”.  O acerto da estratégia inicial permitiu que a empresa se consolidasse como fornecedora de serviços ao Polo.

A chegada dos anos 2000 foi marcada pelo ingresso na empresa de um novo sócio, o engenheiro Claudio Freitas.  O contexto era de expansão das atividades da empresa para os serviços de gestão e planejamento de paradas de manutenção. “Como era uma atividade na qual tinha uma grande experiência, surgiu uma sinergia interessante nesse processo”, explica Claudio, ao contar que seu ingresso coincidiu também com a conquista do primeiro contrato de planejamento de paradas na Ciquine (empresa do Polo onde havia atuado), além de ter culminado com o primeiro contrato da Qualidados com a Petrobras, por meio da Refinaria Landulpho Alves (RLAM))
“Muitos dos desafios vividos pela empresa ao longo de sua primeira década estavam ligados aos fluxos de retração e expansão do Polo”,  analisa Jane Carvalho,  que ingressou na empresa em 2001, a princípio como colaboradora e depois como sócia-diretora. Como exemplo de mudanças de impacto no Polo, Jane cita a reestruturação de capitais que resultou na aquisição da antiga Copene pelo consórcio Odebrecht/Mariani, com a criação da Braskem.  Em 2002 – depois da experiência bem-sucedida de prestação de serviços para a Petrobras/RLAM, a Qualidados fechou seu primeiro contrato fora da Bahia, iniciando um ciclo de expansão de fronteiras.

            Gestão responsável – Já os anos de 2009 e 2010 foram marcados por uma forte retração na economia internacional, que gerou reflexos para a indústria do Brasil e, consequentemente, para a Qualidados, a essa altura já consolidada como fornecedora de grandes empresas como Petrobras e Gerdau. Apesar dos desafios, Maurício conta que a empresa conseguiu sair fortalecida dos abalos do mercado.

Um dos fatores que contribuíram para isso foram os investimentos contínuos em gestão. “Fomos pioneiros na certificação pelo Sistema de Gestão, e investimos em Planejamento Estratégico desde que éramos uma microempresa”, recorda Jane.  Para ela, porém, o que levou de forma decisiva a Qualidados a sobreviver a esta – e também a outras crises – foi a ênfase em uma gestão sustentável e responsável. “Vimos muitos fornecedores que trabalhavam com preços baixos na esperança de crescer rapidamente quebrarem porque a Petrobras mudou a sua política contratual e eles não tinham provisionado recursos para honrar seus compromissos”, conta.

Diversificando o portfólio –  A crise mais difícil foi a gerada pela redução drástica nos investimentos da Petrobras, como reflexo das atividades da Operação Lava Jato.  “Havíamos criado uma plataforma de atendimento diferenciada para atender à Petrobras e a demanda era tamanha que não nos preocupamos em diversificar o portfólio de clientes”, recorda Maurício. Surpreendidos pela suspensão de vários contratos – num momento em que a empresa vinha investindo e crescendo de forma acelerada – os sócios foram obrigados a repensar sua estratégia de negócio.

Mais uma vez, a solidez da empresa, proporcionada pelo foco na gestão responsável, fez toda a diferença – mas algumas lições fundamentais ficaram da experiência. “Aprendemos, entre muitas outras coisas, a importância de não colocar todos os ovos na mesma sacola e de valorizar os colaboradores que fazem diferença em qualquer situação”, resume o empresário.

E a pandemia? – Agora, diante das turbulências geradas pela pandemia, a Qualidados foi obrigada a responder de forma ainda mais ágil. Um comitê de gerenciamento de crise foi criado logo no início da pandemia e um trabalho intensivo foi feito junto aos clientes, para garantir a continuidade dos contratos.  Estas e outras medidas, e empenho de toda a equipe, fizeram com que a Qualidados se adaptasse ao novo cenário com mais facilidade do que o esperado. Para Jane Carvalho, o resultado pode ser reflexo dos investimentos em inovação mantidos pela empresa desde 2014. “A cultura de inovação é justamente isso: tomar decisões de forma ágil, trabalhar de modo colaborativo, e aprender a conviver com o risco”, ensina. “Hoje, com certeza, estamos mais preparados para enfrentar as incertezas dos momentos de crise do que no passado”, resume.

 

Oito dicas para sobreviver a crises

Veja as recomendações de Maurício Simões para empreendedores

  1. Esteja sempre preparado para uma crise: mais cedo ou mais tarde ela chegará.
  2. Nunca pense que já chegou a pior fase da crise. Sempre existe mais um degrau a descer, e é preciso estar preparado para ele.
  3. Torne os seus processos mais simples e ágeis. Assim, você possibilita mudanças rápidas, caso seja preciso.
  4. Pense fora da caixa. Às vezes, em situações extremas os métodos tradicionais não dão certo e, ao exercitar o diferente, novos horizontes se abrem.
  5. Experimente formas diferentes de trabalhar. Valorize as entregas (qualidade e tempo) em detrimento da hora trabalhada. Mas estabeleça com clareza o que espera de cada colaborador.
  6. Mantenha e aprimore os bons líderes, e valorize os seus colaboradores. São eles que podem suportar a onda junto com você.
  7. Seja proativo nos acordos comerciais. Não deixe para mitigar os riscos depois: você pode não ter mais esta oportunidade.
  8. Acima de tudo, cresça de forma sustentável, mantendo suas provisões em dia e preparando um caixa para os imprevistos.