Gestão de projetos BIM

Você já parou para pensar em como a gestão de projetos vem evoluindo nesta década?

Acompanhar essas mudanças torna-se fundamental para que se obtenha um processo de inovação e incorporação de novas metodologias e práticas em projetos.

Desde o início de 2020 o Decreto BIM (DECRETO Nº 10.306 DE 02 DE ABRIL DE 2020) e o Ato 56 (PORTARIA NORMATIVA Nº 56/GM-MD, DE 6 DE JULHO DE 2020) estão vigentes e válido onde se estabelece como objetivo a utilização do Building Information Modeling (BIM) ou modelagem da informação da construção.

Esta metodologia vem se expandindo no mercado de forma crescente devido aos ganhos que quando aplicado pode trazer.

Diversas empresas tanto no mercado privado ou público já aderiram em seus processos a inclusão do BIM.

A Autodesk define BIM como “a base da transformação digital no setor de arquitetura, engenharia e construção (AEC) sendo o processo holístico de criação e gerenciamento de informações para um recurso construído.

Com base em um modelo inteligente e habitada por uma plataforma na nuvem, a BIM integra dados estruturados e multidisciplinares para produzir uma representação digital de um recurso em todo seu ciclo de vida, desde o planejamento e o projeto até a construção e as operações”.

Na prática o que é BIM?

BIM é um conjunto de métodos e práticas aliadas aos sistemas/ferramentas em um processo organizado (metodologia) que resulta no gerenciamento de todo o projeto de forma digital e otimizada.

Quais são os pilares BIM?

Quais são os benefícios de utilização do BIM?

O principal é a eficiência no tocante à redução dos custos de engenharia e execução, e da parte de gestão.

Exemplo de ferramentas utilizadas no BIM?

As ferramentas darão a você capacidade de planejar com mais eficiência, e distribuir as informações de projeto, através do uso do Oracle Primavera P6, poderosa ferramenta de gestão de projetos, programas e portfólios, do MS Project, ferramenta de cronogramas mais usada pelo mercado, e do Autodesk Navisworks Manage, software usado por 84% do mercado BIM brasileiro, para compatibilização, análise de clash (interferências), e simulação da construção (Planejamento 4D) e planejamento financeiro (5D) do fluxo de caixa durante a obra. Com o Microsoft Power BI, as informações serão sintetizadas em relatórios interativos, e cada dashboard, distribuídos online (WEB) ou aplicativo (smartphone) chegando em tempo real a quem precisa. Isto melhora o fluxo de processos, gestão e consequentemente administração geral do empreendimento.

Em virtude de um cenário cada vez mais competitivo de mercado, as estratégias tomadas pelas empresas devem ser voltadas para vantagem competitiva. Neste sentido, a Qualidados com seu portfólio tem se tornado partner das empresas em vários segmentos de mercado, levando evolução tecnológica, soluções sob medida e implantação de técnicas e estratégias no âmbito das mais diversas áreas, levando alto desempenho e eficiência atuando no formato de consultoria.

Com mindset voltado para os pontos críticos de mercado, no aspecto da organização dos processos empresariais, cada vez se torna mais importante a visão 360º dos processos e a colaboração em todos os aspectos.

Com a metodologia é possível tornar o que antes era subjetivo (teoria) em uma relação tangível na prática.

A Qualidados conta com um portfólio com amplas soluções de mercado e uma destas ferramentas é a Building Information Modeling (BIM) ou modelagem da informação da construção que agrega valor na visão organizacional trazendo um nível de gestão quanto aos processos em termos de gerenciamento. A empresa conta com um time de especialistas em BIM para suportar seus clientes e criar vantagem competitiva para sua empresa.

Quer saber mais sobre gerenciamento de projetos BIM ou como podemos auxiliá-lo, solicite nossa consultoria ou entre em contato conosco.

Qualidados, engenharia com tecnologia provendo soluções com alto valor agregado.


AUTOR: Washington F. de Araújo: Atualmente atua como Coordenador do Escritório de Projetos e Centro Técnico. Tem formação em Engenharia de Produção, Mecânica e Tecnologia em Automação Industrial. Possui diversas especializações e certificações em cenário nacional. Especialista em gerenciamento de projetos, framework ágeis – Scrum Master e modelagem. Especialista em SAP (SAP Partner) e entusiasta da governança de processos e metodologias organizacionais e inovações/tecnologias.

Gestão Estratégica no novo mundo BANI

Por: Elane Araújo, coordenadora de Qualidade e Tairone Freire, analista de Qualidade.

Um novo mundo advindo da pandemia e que ainda está em mudanças. Ouve-se falar em muitos meios sobre as transformações que a sociedade e o homem terão com a Era do Conhecimento e, associada a ela, o novo Mundo BANI.

E o que significa tudo isso e Mundo BANI?

Para falarmos de BANI se faz necessário voltar alguns anos e recordar que estávamos no mundo VUCA (sigla para Volatility – volatilidade, Uncertainty – incerteza, Complexity – complexidade e Ambiguity – ambiguidade), um termo muito usado para descrever um cenário de incertezas e para mostrar como as mudanças têm ocorrido com maior rapidez no mercado. A partir disso, e todo o contexto que veio à tona de forma abrupta com a pandemia, surgiu o Mundo BANI.

BANI! Este conceito surgiu em 2020 através de Jamais Cascio, antropólogo norte-americano. BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible — Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível).

Para as empresas, a fragilidade está exatamente nas incertezas do mercado e o quanto elas estão expostas aos riscos e, nesse sentido, se dá a importância de antecipação e uma gestão de risco sistêmica.

Seguindo nesse caminho, percebe-se uma sociedade cada vez mais ansiosa em decorrência da fragilidade apontada acima. As pessoas estão mais doentes, e consequentemente as empresas também, afinal elas são feitas de pessoas. Nesse contexto, a necessidade de um olhar mais aprofundado às pessoas, um cuidado direcionado para tratamento dessa ansiedade que invade as casas e empresas, a cada notícia ou até mesmo lançamento de uma nova tecnologia ou produto; todos são tomados por um excesso de dados e informações, diariamente, trazendo mais incompreensibilidade.

Uma outra visão da não linearidade é voltada à preocupação com a estratégia de que não se pode ter planos muito detalhados e a longo prazo. A nova realidade pede uma atenção na questão do tempo e o pensamento no “erre e corrija rápido”. As organizações passaram a ter planejamentos com prazos mais curtos e assertivos, associando-se às ferramentas de gestão ágil e investimentos em tecnologias que possam suportá-la na análise de dados de forma preventiva e mais segura.

Podemos citar ao menos quatro soft skills essenciais para que as pessoas, principalmente líderes, sejam protagonistas desse novo mundo:

  • Autoconhecimento: conhecer a si próprio, suas vulnerabilidades, qualidades para atuar sobre elas e interagir com o meio e no controle das emoções;
  • Empatia: transformar as lideranças em pessoas capazes de reconhecer fragilidades, atentas aos sinais de ansiedade nas equipes para gerar propósito e, assim, melhores resultados;
  • Resiliência: para adaptação às mudanças, superação de adversidades. Líderes resilientes promovem equipes capazes de lidar com seus erros como forma de aprendizado e superar desafios;
  • Lifelong learning: o aprendizado como a chave para a transformação das empresas e pessoas, e assim, a ideia de aprender por toda a vida.

Diante desta realidade, as empresas precisam tratar pessoas como principal ativo e a liderança deve guiá-las para transpor estas barreiras.

Assim, a Gestão Estratégica será base para impulsionar a empresa, estabelecendo diretrizes, planejando e determinando ações para todos. Um olhar atento às novidades de mercado, ferramentas ágeis, desenvolvimento de processos e pessoas e, a capacidade analítica para tomada de decisão farão diferença nesse novo mundo.

Equipe da Qualidade

Modelagem de Processos com metodologia BPM

Por Aíla Sacramento e Washington de Araújo.

Em virtude de um cenário cada vez mais competitivo de mercado, as estratégias tomadas pelas empresas devem ser voltadas para vantagem competitiva. Neste sentido, a Qualidados com seu portfólio tem se tornado partner das empresas em vários segmentos de mercado, levando evolução tecnológica, soluções sob medida e implantação de técnicas e estratégias no âmbito das mais diversas áreas, promovendo alto desempenho e eficiência ao atuar no formato de consultoria.

Com mindset voltado para os pontos críticos de mercado, no aspecto da organização dos processos empresariais, cada vez se torna mais importante a visão 360º dos processos e a colaboração em todos os aspectos.

Neste sentido, reorganizar, ressignificar e readaptar têm sido termos usados por grandes empresas em virtude dos aspectos econômicos e forma de posicionar no mercado.

Para obtermos a integração e a compreensão sobre o funcionamento de uma organização é necessário que todos os seus recursos, compostos por informações, colaboradores, sistemas e equipamentos estejam em completa sincronia. Essa sincronia passa pela consideração de uma visão holística, significando o desenvolvimento de uma imagem. Dessa forma, a Modelagem de Processos de Negócio (BPMO) foi criada como objetivo de proporcionar uma melhor compreensão dos processos das organizações (Recker, 2010).

Existem várias técnicas de modelagem de processos de negócio (Kocbek et al., 2015):gráficos de Gantt, fluxogramas, diagrama de blocos funcionais de fluxo, ProgramEvaluationand Review Technique, diagramas de entidade relacionamento, UnifiedModelingLanguage (UML), IntegratedDefinitionLanguage (IDEF) etc.

Antes de falar sobre o tema é extremamente relevante saber:

O que é BPM e BPMN? Qual a finalidade da metodologia? Quais seus benefícios?

BPM é sigla utilizada para Business Process Management, uma disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos da organização para alcançar os resultados, aliada às expectativas do cliente, através do mapeamento de processos de ponta a ponta. O BPM trata “o que”, “onde”, “quando”, “por que”, “como” e “por quem” o trabalho deve ser realizado.

BPMN é a sigla utilizada para Business Process Model and Notation, que é a representação gráfica ou notação de simbologia, para elaboração dos fluxos de processos da organização e permite a definição de processos de negócio em forma de diagrama.

O BPM tem como finalidade fazer existir uma percepção holística da gestão estratégica orientada a processos, procurando visualizar todos os seus elementos e todas as áreas envolvidas na sua realização no qual o objetivo é encontrar a eficiência e incontestabilidade dos negócios, criando um mapa de melhoria contínua e aplicando a tecnologia como instrumento para propiciar rapidez e reconhecimento.

BPMN tem como objetivo ser uma notação ligeiramente compreensível pelos usuários de negócios, que vão desde os analistas de negócios aos técnicos desenvolvedores responsáveis por realmente implementá-los. O uso do BPMN permitirá um entendimento universal por conta da linguagem utilizada, versatilidade na aplicação de diferentes processos e organização na visualização de toda a operação organizacional.

O BPM contempla 9 áreas de conhecimento divididas em Perspectiva Organizacional e Perspectiva de Processos e a metodologia contempla 6 fases no ciclo de vida, conforme detalhado abaixo:

Fonte: Autores

Benefícios da metodologia

Fonte: Autores
  • Mudança de paradigma e cultura;
  • Gestão assertiva dos processos;
  • Governança efetiva da organização;
  • Gerenciamento de restrições;
  • Aumento da confiabilidade humana;
  • Agilidade na tomada de decisão;
  • Redução no tempo de resposta.

 

 

 

 

Com a metodologia é possível tornar o que antes era subjetivo (teoria) em uma relação tangível na prática.

A Qualidados conta com um portfólio com amplas soluções de mercado e uma destas ferramentas é a modelagem de processos, que agrega valor na visão organizacional trazendo um nível de gestão quanto aos processos em termos de gerenciamento. A empresa conta com um time de especialistas em modelagem de processos para suportar seus clientes e criar vantagem competitiva para sua empresa.

Quer saber mais sobre gestão de processos/ modelagem ou como podemos auxiliá-lo, solicite nossa consultoria ou entre em contato conosco.

 

Conhecendo a confiabilidade Humana – parte 1

Confiabilidade humana e seu impacto sobre a produtividade, segurança e qualidade dos processos.

Por: Kaio Majewski Monteiro
Engenheiro de confiabilidade da Qualidados Engenharia

A confiabilidade humana compreende diferentes perspectivas sobre o cérebro e sobre o corpo humano. De forma simplificada, podemos afirmar que o nosso cérebro comanda o sistema nervoso e, por isso, todas as decisões que tomamos passam por todo o nosso corpo até a sua realização esteja completa.

As doenças que atingem o sistema nervoso, no entanto, podem impactar seriamente em algumas decisões, principalmente em momentos de risco em ambientes industriais ou de rotina. Doenças como esquizofrenia, depressão, epilepsia, enxaqueca e acidente vascular cerebral, por exemplo, podem interromper pensamentos lógicos ou decisões a serem tomadas de forma ágil e assertiva.

Por isso, atletas de alta performance devem manter o corpo e a mente sempre em sintonia, pois eles se afetam de forma mútua. O cansaço físico, por exemplo, pode não permitir a correspondência ao que o cérebro impõe. E de forma oposta, o cansaço mental, pode prejudicar um movimento físico que antes foi traçado mentalmente.

Usualmente, alguns pontos são exaltados quando se fala de confiabilidade humana, como a transgressão, reações sensoriais e cognitivas, estresse, aprendizagem humana e outros.

As falhas humanas são classificadas como erros e transgressões e os mesmos em deslizes, enganos, transgressões intencionais e não intencionais:

Figura 1 – Falhas humanas e pontos de observação

O jeitinho brasileiro pode assumir diversas características, uma delas é a de falha humana. Por exemplo, imagine um operário recém-chegado em uma área industrial. Ele decide que o padrão que está descrito não é necessário, pois a experiência anterior já o qualificou para a tomada de decisão e caso ele não leia o padrão ninguém vai falar nada a respeito. Ou seja, está utilizando da esperteza de forma intencional para transgredir em sua ação.

Após a leitura dos escopos de definições das falhas humanas, é importante compreender que as atividades sensoriais cognitivas nos apoiam em tomadas de decisões.

Por exemplo, ao andar de motocicleta, entre carros.  No momento em que o motoqueiro deve ultrapassar um carro ele calcula as distâncias, velocidades, pensa na marcha engatada, tempo disponível para ultrapassagem e o que mais for necessário.

Para compreender melhor, veja o fluxograma abaixo. Nele, pode-se ver uma tomada de decisão baseada em questionamento sensorial, onde se percebe que o estímulo é a idéia de redução de tempo de viagem, a análise sensorial parte para a visão dos veículos a frente e em sentido oposto, assim como a velocidade. O processamento é a marcha que está engatada e o julgamento é saber se a ultrapassagem é possível. A ação fica por conta da decisão de ultrapassagem e a resposta por fim é acelerar e entrar na pista lateral.

Figura 2 – Exemplo de ação cognitiva

Em ambientes industriais constantemente temos que avaliar nossas decisões e fazemos este tipo de avaliação de forma intrínseca ao processo. Por vezes, é necessário a avaliação do desempenho humano por meio de ferramentas como fator de aprendizagem, índice de performance de atividades, índice de vigilância e work-sampling.

Silva (2003) menciona que das 247 causas de acidentes em refinaria de petróleo as falhas humanas são responsáveis por 21,86% delas.

Figura 3- Tabela de acidentes – Silva, 2003, p.81

A falha humana está presente em diversos estudos, como o mostrado na figura abaixo. Por isso, em “tempos de pandemia”, torna-se necessário cuidar da mente, tanto quanto se cuida do corpo. Os problemas e o cansaço mental podem impactar seriamente nossas vidas por meio de decisões mal tomadas.

Figura 4 – Estudos do erro humano na indústria de processos químicos: Magnitude dos problemas dos erros humanos.

E ao se falar de erros cotidianos, temos o exemplo ocorrido na costa da Itália: o naufrágio do Costa Concórdia, onde 32 pessoas morreram. O capitão tomou uma decisão não apoiada de navegar próximo a costa, onde colidiu com rochas. Nessa situação, o capitão também abandonou o barco antes de todos os 4200 passageiros serem resgatados, desobedecendo à ordem do superior e o padrão de segurança. Em resumo, foram perdidos ativos físicos, humanos, de informação, financeiros e intangíveis.

Figura 5–Naufrágio do Costa Concordia.

Portanto, onde a evolução industrial é crescente e essencial o acompanhamento do ser humano deve ser sempre tratado como fator primordial.

 


CENTER FOR CHEMICAL PROCESS SAFETY. Guidelines for preventinghumanerror in processsafety. New York: AICHE, 1994

SILVA, V. A. O planejamento de emergências em refinarias de petróleo brasileiras: um estudo dos planos de refinarias brasileiras e uma análise de acidentes em refinarias no mundo e a apresentação de uma proposta de relação de canários acidentais para planejamento. 2003. 158 f. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão)–Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2003.

PALLEROSI, C.A; MANZZOLINI, B. P; MANZZOLINI, L.R. Confiabilidade humana: conceitos, análises, avaliação e desafios.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/ex-capitao-do-costa-concordia-e-condenado-a-16-anos-de-prisao-na-italia.ghtml

Disponibilidade X Eficiência no processo. Quando usar?

Por: Kaio Majewski Monteiro
Engenheiro de confiabilidade da Qualidados Engenharia

É importante refletir sobre os resultados que algumas empresas apresentam quando mencionam eficiência ou disponibilidade, pois é necessário pensar que estas métricas de avaliação são extremamente comuns em análises confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade.

Este artigo vai demonstrar uma breve descrição de como a disponibilidade pode ser calculada e sua limitação. Contudo será abordada uma solução, chamada eficiência.

Pode-se pensar que esta situação pode ser aplicada a qualquer processo em que exista a possibilidade de trabalho em série ou paralelo.

Vamos considerar dois equipamentos (X e Y) posicionados em série, cada um produzindo 1 unidade/ hora, portanto a saída ideal em 100 horas será 100 unidades.

Segue o exemplo abaixo:

No sistema operacional demonstrado acima, o sistema teve 20 horas de downtime, devido às falhas de A e B. Portanto, a disponibilidade é:

Disponibilidade do sistema = tempo de funcionamento/ tempo total operacional

%D= (100-20)/100
%D = 0.8 ;

Entretanto, eficiência é o total de saída dividido pelo ideal, se o equipamento não falhar.

Eficiência = 80/100 = 0.8

Portanto, para um sistema em série, disponibilidade e eficiência são iguais.

Agora, vamos considerar um sistema que consiste em dois equipamentos (X e Y) em paralelo, cada um possui uma taxa de produção de 0.5 unidades/ hora, então a saída ideal será 100 unidades.

Quando em paralelo, o downtime será 0 horas.

Disponibilidade do sistema = Tempo de funcionamento/ tempo total
%D= 100/100 = 1

Mas existe o seguinte problema, devido à parada do equipamento A e B = 0.5 x 10 x 2 = 10 unidades deixaram de ser produzidas.

Eficiência = (100- 10)/100 = 0.9

Portanto, a disponibilidade deixou a impressão de que o sistema funcionou 100%, sendo configurado como perfeito!

Enquanto a métrica de eficiência demonstrou que ocorreu 10% de perda.

Portanto, este exemplo demonstra uma limitação de usar o termo disponibilidade para medir confiabilidade, quando seu sistema possui equipamentos em paralelo. Assim, Em toda situação com equipamento em paralelo com a disponibilidade, será fornecida uma visão otimista como se o sistema fosse saudável, mesmo tendo um componente não saudável.

Se o gerenciamento da produção é feito sobre performance do sistema, deve-se usar a eficiência. Com eficiência, pode-se antecipar perdas futuras, pois é possível estimar a perda percentual devido ao componente.

Indústria 4.0 e o indicador Wrench Time: uma abordagem sobre os avanços tecnológicos e as novas possibilidades de utilizar esse indicador de maneira mais assertiva.

Por: Bruno Assis
Coordenador de PDI da Qualidados Engenharia

Não é novidade que o setor de manutenção vem ganhando evidência e possibilitando diferenciais competitivos frente a um mercado cada dia mais globalizado e exigente.

A indústria 4.0 vem causando uma transformação nos processos das indústrias em geral, não sendo diferente com o setor de manutenção. Tecnologias como automatização, dispositivos interconectados, sensores, nuvem, gateways, big data e outros recursos do IoT, vêm possibilitando uma revolução na esfera da manutenção industrial e entregando cada vez mais valor às empresas.

Em busca de diferencial competitivo, essas indústrias investem, cada vez mais, para aperfeiçoar seus processos, descobrir ferramentas, modos que possibilitem reduzir desperdícios e, ao mesmo tempo, aumentem a produtividade e a qualidade.

Dentro desse universo que é a manutenção, o indicador de Wrench Time, traduzindo do inglês “tempo de chave”, ganha cada vez mais destaque. Com os avanços tecnológicos, atividades e ferramentas antes consideradas abstrusas, tornam-se pragmáticas e assertivas. O Wrench Time, também chamado de “Fator de produtividade”, é um dos principais indicadores para a Gestão da Manutenção, possibilitando entender como está o desempenho dos funcionários, qual é o tamanho dos desperdícios da sua operação e onde estão os principais gargalos.

E como o indicador de produtividade “Wrench Time”, aliado com novas tecnologias, pode suportar nesse processo de busca pela excelência operacional?

O Wrench Time é um indicador que revela o porcentual do tempo total em que um profissional da manutenção de fato gasta com atividades produtivas, ou seja, aquelas que agregam valor para a empresa e estão descritas em seu plano de manutenção. Desconsideram-se atividades, tais como, tempo de deslocamento, emissão de documentos, busca de ferramentas ou peças, reuniões, abertura de ordens, etc…

O desafio maior de controlar esse indicador não está no cálculo, mas em conseguir coletar os dados de forma assertiva.

Conforme apresentado na fórmula matemática abaixo, os cálculos para definir esse indicador são extremamente simples.

No entanto, os métodos tradicionais (sem recursos tecnológicos) utilizados pelas empresas não estão aptos a entregar praticidade e exatidão para monitorar esse indicador, e assim não existe uma robusta confiabilidade dos dados coletados. Seguem listados algumas dessas maneiras:

  • Entrevistar o funcionário

Ir ao Gemba e colher relatos dos funcionários sobre a atividade que realizou, buscando uma estimativa do tempo produtivo e ocioso de cada tarefa realizada.

  • Monitoramento visual

Esse método consiste em realizar um monitoramento visual dos colaboradores e registrar o tempo produtivo despendido em cada atividade.

  • Método estatístico

Aqui, se adota um grupo de amostragem maior. Entre os métodos adotados sem recurso tecnológico, esse é o que mais se aproxima da realidade, mas, mesmo assim, possibilita margens de erros consideráveis.

Com os exemplos acima, percebe-se que os modelos tradicionais adotados estão ultrapassados, e, de fato, apresentam baixa confiabilidade, potencializando, assim, entendimentos incorretos, tomadas de decisões equivocadas e investimentos mal alocados.

O surgimento de novos recursos tecnológicos vem transformando o controle do Wrench Time, possibilitando maior robustez e valor ao processo.  Está cada dia mais claro a sua importância e como um monitoramento bem-feito pode revelar pontos, antes imperceptíveis, de falhas na operação e suportar diretamente em um melhor entendimento de outros indicadores críticos, como, por exemplo, custos, homem-hora e backlog.

Além dos pontos já mencionados anteriormente, ter implementado um sistema tecnológico robusto do controle de Wrench Time poderá ainda entregar outros inúmeros benefícios.

Alguns exemplos abaixo:

  • Melhor entendimento sobre o desempenho do planejamento da manutenção;
  • Com um melhor entendimento do planejamento, é possível alocar melhor os investimentos e, com isso, diminuir custos e desperdícios;
  • Planejamento de qualidade reduz os tempos de espera;
  • Equipe de manutenção bem planejada e com boa performance viabiliza ativos de boa qualidade, o que possibilita melhor produtividade e capabilidade de processo;
  • Redução de ações corretivas, focando em manutenções preventivas;
  • Dados confiáveis possibilitam medições assertivas, consequentemente bons ciclos de melhoria contínua.

Apesar dos pontos positivos, é preciso atenção em relação à qualidade. Mesmo atingindo bons níveis do indicador de produtividade, se as entregas forem de baixa qualidade, o processo não pode ser considerado eficaz.

Estudos revelam que o valor referente ao Fator de Produtividade no Brasil está entre 12 e 25%. Nota-se que é uma fração muito pequena do trabalho de um funcionário da manutenção que é gasto com atividades que agregam valor para a empresa. Diante dos números revelados nesses estudos, percebe-se que temos um mundo de oportunidades a serem exploradas que permitirão ao Brasil atingir índices que impulsionem a produtividade do país, tais como investimentos no ambiente fabril, melhorias de processo, capacitação de mão-de-obra e o mais importante: desenvolvimento tecnológico.

Conclui-se assim que, em mercados altamente competitivos, empresas se veem obrigadas a investir em seus diferenciais. É imprescindível flexibilidade, estar aberto às mudanças e o principal: estar atento às novas tecnologias que possibilitem identificar e corrigir falhas rapidamente, gerando maior valor aos negócios e possibilitando aprender muito com esse processo.

QualiDados. Engenharia com Tecnologia

HIGHLIGHTS | Tem contrato novo na área

Conheça os mais novos clientes e serviços prestados pela Qualidados.

CMOC Brasil –A Qualidados está fortalecendo sua presença no mercado de fertilizantes e abrindo espaço no segmento de minérios raros, graças a um contrato com a CMOC Brasil. Subsidiária da China Molybdenum – uma companhia chinesa com diversificado portfólio de ativos. A CMOC Brasil atua na mineração e no beneficiamento de nióbio e fosfatos, minerais essenciais para o desenvolvimento da indústria global e o crescimento da agricultura no Brasil. Com duração de um ano, o contrato da Qualidados com a indústria contempla a realização de serviços de planejamento de parada de manutenção. Entre os desafios encarados pela nossa equipe, estão a melhoria dos indicadores de gestão de paradas e a criação de um plano plurianual de paradas.

Gerdau – Uma das maiores siderúrgicas do país, a Gerdau é cliente de longa data da Qualidados. Neste novo contrato – que tem duração de doze meses – a missão da nossa empresa é realizar serviços de planejamento de parada de manutenção para as unidades Gerdau Cearense, que fica em Maracanaú, no Ceará, e Gerdau Açonorte, localizada em Recife. Neste contexto, uma das tarefas da nossa equipe será assessorar um time senior da Gerdau na adoção de novas tecnologias, metodologias e processos em paradas de manutenção. O projeto deve ajudar a Qualidados a fortalecer sua presença na siderurgia, além de permitir à empresa demonstrar, mais uma vez, sua expertise acumulada na área de Gestão e Planejamento de Paradas.

Potiguar E&P – Desde 2005, a Qualidados está presente em Mossoró, no Rio Grande do Norte, prestando serviços em unidades de exploração e produção. A novidade agora é o contrato com a Potiguar E&P, empresa que vem despontando como um dos maiores players em Oil & Gas Onshore no país, a partir do processo de desinvestimento em campos maduros da Petrobras. No novo contrato – que tem duração de um ano – a equipe Qualidados irá prestar serviços de apoio técnico para o setor de suprimentos, em um momento de alta demanda por contratação de bens e serviços para dar vazão às estratégias da Potiguar E&P.

Sem ética não tem solução

As exigências de integridade para fornecedores foram um dos temas abordados por executivos da Transpetro em reunião de Comissão de Compliance Nacional.

Num prazo muito curto, as empresas que não tiverem programas de Compliance implementados de forma efetiva tenderão a não conseguir mais contratar nem ser contratadas. O alerta foi dado por executivos da Transpetro durante a 124a reunião da Comissão de Compliance Nacional, uma iniciativa promovida pelo JG Compliance Group com apoio da Qualidados.

O evento virtual – que já está disponível no YouTube (https://youtu.be/qJgozrPvxb4) – reuniu nomes de destaque na área como o ex-diretor executivo de Governança e Compliance da Petrobas, Marcelo Zenkner, e também foi prestigiado por gerentes de contrato e prepostos da Qualidados. Convidados pelo consultor e agora Compliance Officer da Qualidados, José Guimarães, os executivos da Transpetro mostraram em detalhes as diversas atividades da empresa na área de Integridade, Governança e Compliance.

A apresentação foi conduzida pelo gerente executivo de Governança, Conformidade e Jurídico da Transpetro, Fábio Wagner, pelo gerente geral de Governança e Conformidade da empresa Tude Brum, e pela gerente de Conformidade Carolina Soares.

Entre os temas abordados, estiveram alguns itens de especial interesse para prestadores de serviço, como as análises do Duo Diligence de Integridade, um relatório que resulta na atribuição pela Transpetro de Graus de Risco de Integridade (GRI) a seus potenciais fornecedores e clientes. “Trata-se de um levantamento bastante sério, e os fornecedores avaliados com Grau de Risco alto são proibidos de participar de processos licitatórios”, ressaltou o gerente geral Tude Brum.

Na opinião do consultor José Guimarães, a Transpetro conta com atividades fortíssimas na área de Governança e Conformidade, que se refletem desde o seu organograma e valores até o sistema de integridade estruturado com base nas melhores práticas mundiais, com processo investigativo eficiente e bem instrumentalizado e foco na prevenção da corrupção por meio de ações de comunicação e capacitação. “São iniciativas de treinamento fantásticas, direcionadas inclusive aos fornecedores”, elogia o consultor, ao citar como exemplo do 1o Encontro de Conformidade com Clientes e Fornecedores da Transpetro, ocorrido no último mês de junho.

Cada vez mais Compliance

Programa ingressa em novo ciclo com contratação de especialista e ações para enraizar cultura da ética e garantir mais competitividade à Qualidados.

O Compliance está ingressando em um novo ciclo na Qualidados. Após a conclusão, em março deste ano, do processo de implantação do seu Programa de Compliance, Governança e Risco, a empresa está dando novos e importantes passos para aprimorar ainda mais os processos que permitem prevenir, detectar e responder a atos ilegais e antiéticos, reforçando a cultura de ética e integridade nos mais diversos níveis da organização.

Uma das novidades deste ciclo é a contratação do advogado José Guimarães – que atuou como consultor durante a fase de implantação do programa – para assumir o papel de Compliance Officer da Qualidados. Um dos maiores especialistas no assunto no país, o auditor – que é também coordenador do curso de Pós-Graduação em Compliance da Faculdade Baiana de Direito – faz um balanço positivo das ações desenvolvidas pela empresa até agora.

“Nós construímos um bom Código de Ética, elaboramos políticas e procedimentos adequados, investimos em comunicação estratégica; tudo isso associado à criação de um canal de denúncia externo eficiente, à formação de uma equipe com investigadores e auditores, e de um comitê de ética autônomo e independente”, resume o consultor, ao ressaltar também que o programa foi responsável por mais de 250 horas de treinamentos e capacitações que mobilizaram todo o efetivo da empresa.

Amadurecimento – Concluído este ciclo, o maior desafio agora é dar continuidade à iniciativa, de modo a promover um amadurecimento do Compliance na organização. “Quando plantamos uma semente, nós cuidamos da árvore para que ela cresça e dê frutos; da mesma forma, precisamos fazer com que o sistema avance de modo a gerar todos os benefícios que ele é capaz de proporcionar para a empresa, seus funcionários, clientes e fornecedores”, resume o especialista.

Nesse contexto, uma das principais frentes de atuação estará na elaboração de normas, procedimentos e políticas que contribuam para a evolução da disseminação e aprofundamento da cultura de integridade, de modo a colaborar com o incremento das iniciativas de negócio da empresa. “Cada vez mais, as empresas clientes vêm fazendo exigências que envolvem apresentação de documentos e elaboração de relatórios longos e complexos que são determinantes para a contratação”, relata o consultor.

GRI e certificação – José Guimarães lembra ainda que grandes contratantes em operação no Brasil hoje – como, Transpetro, Braskem e Usiminas – já adotam a análise do Grau Risco de integridade (GRI) como critério de contratação, descartando fornecedores classificados com GRI alto.  No caso da Qualidados, uma das metas do Programa de Compliance é garantir que avaliação de Grau de Risco de Integridade da empresa caia do patamar médio para baixo, ampliando a confiança dos contratantes.

Outro desafio importante neste novo ciclo será o processo de certificação pela recém-publicada norma internacional ISO 37.301, que especifica requisitos e fornece diretrizes para estabelecer, desenvolver, implementar, avaliar, manter e melhorar os Sistemas de Gerenciamento de Compliance das organizações. A certificação pela norma é vista como uma demonstração ao mercado do comprometimento da empresa com práticas de anticorrupção e conformidade legal.

Seus projetos mais ágeis

Um bate-papo com o Scrum Master Getúlio Botelho sobre o framework Scrum e como ele pode gerar mais valor para o desenvolvimento do seu projeto.

Já pensou em ter acesso a ferramentas e conceitos que podem acelerar o desenvolvimento do seu projeto? Em maio deste ano, 30 profissionais da Qualidados – incluindo lideranças de várias áreas, gerentes de contratos e equipes do Escritório de Projetos e dos setores de Tecnologia da Informação e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) – participaram de um curso de 12 horas em Gestão Ágil de Projetos. O objetivo foi levar a um número maior de colaboradores o conhecimento sobre uma série de ferramentas, processos e práticas que surgiram para o desenvolvimento de softwares, mas vêm sendo implementadas com sucesso no mundo todo em projetos de várias áreas.

Com o curso – que associou a teoria a exemplos práticos extraídos do dia a dia da Qualidados – a ideia da empresa foi inspirar os colaboradores a colocar a Gestão Ágil a serviço de seus projetos e processos internos. Para dar uma forcinha extra neste movimento, trouxemos aqui uma entrevista com o nosso gerente de contratos Getúlio Botelho, que é Scrum Master. Ou seja, um profissional certificado para liderar projetos com o Scrum, um dos mais utilizados frameworks de gestão ágil. A seguir, Getúlio nos ensina o que é o Scrum e como ele pode ajudar a turbinar o seu projeto. Confira:

Qual a sua experiência com o Scrum?

Meu primeiro contato foi por meio da indicação de um amigo que já trabalhava em ambiente ágil. Fiz cursos específicos para certificações de Product Owner e Scrum Master e recentemente obtive o certificado de Scrum Master. Na Qualidados, estou atuando hoje como Scrum Master de projetos internos de RH e da Qualidade. Ambos estão evoluindo bem.

O que é Scrum?  Uma metodologia ou uma técnica?

O Scrum não é um processo, técnica ou metodologia, mas um framework estrutural fundamentado na filosofia ágil. Ele surgiu na década de 1990 para viabilizar projetos de desenvolvimento de softwares. Trata-se, no entanto, de um framework que pode ser usado em qualquer tipo de projeto complexo. O Scrum é baseado no desenvolvimento iterativo e incremental, por meio de sprints, que são ciclos, períodos de tempo nos quais um determinado trabalho deve ser executado, concluído e preparado pela equipe para uma posterior revisão. O Scrum se baseia no empirismo e no pensamento enxuto, com forte ênfase no time e menos em processo e ferramentas. Atualmente, é o framework mais utilizado no mundo: cerca de 80% das empresas ágeis utilizam o Scrum.

Qual o grande diferencial do Scrum? Quais as suas vantagens? 

Em outras metodologias de gerenciamento de projeto,  as entregas são feitas ao final de um longo e incerto planejamento. No Scrum, as entregas são realizadas ao final de iterações periódicas, o que confere mais valor para o cliente e para o negócio. No Scrum, você não encontra instruções detalhadas, só as regras necessárias para implementar a teoria por meio da inteligência coletiva orientada pelos relacionamentos e interações. Isto exige que o trabalho seja realizado realmente em time, ou seja, com os profissionais colaborando entre si independente de cargo ou nível. O time é o único responsável pelo desenvolvimento do projeto de forma contínua e sustentável.

Qual o maior desafio deste framework?

Apesar das práticas do Scrum serem comprovadamente eficazes, proporcionando melhorias continuas para o produto, o time e o ambiente de trabalho, elas podem ser difíceis de ser implementadas, pois demandam uma mudança comportamental e cultural nas organizações. O Scrum adota uma abordagem empírica, baseada em experiência, observações do problema e, sobretudo, na confiança no time, o que pode ser interpretado equivocadamente como falta de controle e de planejamento.

Que dicas você daria a alguém que vai adotar o Scrum pela primeira vez?

A primeira coisa é estudar o framework, entender como os artefatos e eventos Scrum funcionam. Além do Guia Scrum, é possível estudar por meio de vídeos no YouTube e outras fontes. Depois, é começar a adotar aos poucos os eventos, artefatos e ferramentas propostos em seu dia a dia, e ir evoluindo até o completo uso do Scrum em seus projetos.